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terça-feira, 25 de outubro de 2016

Xote ou Chamego?

Chamego ou Xote?


Compadre e compadre vou te contar, você prefere um xote ou um chamego?
Mas o que é chamego comadre?
Chamego vem de chama, é carinho meigo e paixão avassaladora.
Segundo nosso poeta Luiz Gonzaga, o chamego dá prazer, faz sofrer, as vezes dói, as vezes não, o chamego é chegadinho, o chamego é bom, quem não gosta meu irmão de um carinho e compreensão? Se não gosta, é porque não bate bem não. Bem do que? Dá cabeça e do coração, bom sujeito não é não.

Por que não juntar o xote com o chamego meu querido, dançar coladinho e rodopiando no salão, palpitando coração, sozinho ou com seu par então, o chamego também combina com a solidão, ou não...


É dançando que desamarramos o que se embaraçou, é na dança que nos encontramos com nós mesmos, que testamos o limite do nosso corpo, que compartilhamos o toque com um desconhecido ou um conhecido, e vemos que somos todos iguais, mas só com um balanço e com um chamego diferente. O chamego nos deixa contentes, com o coração sorridente. Tem chamego na dança, na amizade, no bicho de estimação, na boneca de pano, na família, e no irmão, o chamego faz bem ao coração do peão.
Se o mundo tivesse mais chamego, não existiria medo e desapego, porque o chamego se apega, mesmo sem pegar. Chamego é cafuné, no homem ou na mulher. O chamego está no abraço, no embaraço, no sorriso fácil, no segredo, no sossego e na paixão.


O chamego está naquele abraço apertado e demorado, com cheiro no cangote e beijo na testa ou na bochecha, o chamego não faz cerimônia, nem melindre, nem frescura, o chamego meu irmão, é uma belezura, é barbaridade. Então chamegue, como se não houvesse amanhã, respeite quem você escolheu chamegar, porque talvez o amanhã pode nem chegar, para poder contar a quem se quer chamegar. Então compadre, Chamegue sem rodeios. Porque... “cheira bem que dá medo, traz desassossego, quando ela inventa de xaxar no meu baião, eu fico meio tonto, já virou costume, menino eu já não sei viver sem seu perfume, me traz paz, alegria e muito mais, com rosto coladinho onde é que a gente vai?”
Ahhh, vamos chamegar...


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