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terça-feira, 4 de outubro de 2016

Se não fosse o forró...

Ahhhh o Forró...





Compadre, você já experimentou dançar um forrozinho, um forrozão, um xote, um xaxado, um arrasta-pé, ou um baião? Se a resposta é não, você meu irmão, já perdeu um tempão.
Dançar forró é tudo de bom, é tri, é um ritmo típico da região nordeste do Brasil com influências holandesas e portuguesas, devido a colonização europeia no nosso país.
Forró é autoconhecimento é libertar-se de nossas amarras, é abrir nossos braços para viver e sentir a vida na sua maior intimidade e intensidade, é desafiar nosso espaço, nosso limite e nosso eu. Forró é vida, é encaixe de perna, é troca de peso, é cheiro, é pele, é troca de energia, é malícia, delícia.

A coisa mais louca que acontece no forró é a química, é ela mesma comadre, a mesma química das paixões, têm dama que dança bem com um par, mas não se dá com outro par, isso é muito curioso, só quem dança forró sabe o que é ter química no encaixe de perna, comadre, nem te conto.





Sem contar que dançar forró é dar e receber carinho, sem preconceito, é sentir a respiração e o movimento do outro, é a quebra do prejulgamento. É lançar-se para desvendar o par, é aprender a libertar-se, desinibir-se.
O forró não tem frescura, tem para todo gosto, no forró não tem briga e picuinha, todo mundo se respeita.
Se você compadre, vai pro forró para fofocar seu lugar não é lá. Está perdendo seu tempo, gaste os pés e pernas dançando, e não sua língua demais falando.
Forró é exercício de satisfação e cardio. Dançar forró é flutuar nas nuvens da vida, é refletir sobre nossos anseios e nosso eu. Lá a gente esquece nossos problemas, nossos medos e dilemas, no forró nós flutuamos ouvindo as canções de essência e paixão dos poetas. No forró a gente se balança enquanto a vida passa, a gente se diverte.
“forró traz paz, com rosto coladinho o que é que a gente faz? Não vejo saída e nem quero me esquivar desta energia boa que fica pelo ar”.
Se avexe não, que amanhã pode acontecer tudo e inclusive nada, se avexe não, a lagarta rasteja até o dia em que cria asas, se avexe não, que a burrinha da felicidade nunca se atrasa, qualquer dia ela bate na porta da sua casa, já dizia o forró.
Dance, porque quem dança seus males espanta...
E tome forró, porque... para todo mundo eu dou psiu.

Músicas citadas: Trio Dona Zefa- Se não fosse o forró.
Flávio José- Se avexe não, Luso Baião- cheira bem. Luiz Gonzaga- Sabiá. Dona Zaíra- Tome forró.

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