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segunda-feira, 5 de março de 2018

Somos todas mulheres!



Hoje eu vou falar delas, às comadres que enfeitam nossos dias com sua beleza, perfume e poder. Seu dia está chegando e nada mais justo que eu fazer uma homenagem. A mulher é dotada de uma delicadeza e uma sutileza, que parece que não tem palavras para explicar tamanha expressividade de uma mulher em nossas vidas.
Nossas amigas, mães, trabalhadoras, batalhadoras, você consegue imaginar a vida de alguém sem uma mulher?
A mulher lutou muito para conseguir um espaço, e mais do que lutou ela alcançou as asas da autonomia nunca antes imaginada, antigamente a cultura familiar feminina era outros quinhentos comparados a de hoje. Uma mulher naquela época, com a minha idade já tinha todos os filhos adultos, uma boa esposa era aquela que cozinhava, cuidava das crianças enquanto o marido trazia o pão e era o provedor financeiro,  e ela a provedora familiar que ficava com toda a parte da educação dos filhos, se algo desse errado neste meio do caminho, a culpa era dela, em letras garrafais, afinal de contas, ela fez o filho sozinha né, sem coparticipação de ninguém, totalmente autossuficiente, claro que com algumas exceções. O casal naquela época casava, tinha os filhos, comprava uma linha telefônica, que custava o olho da cara, um carro, uma casa, criava os filhos que brincavam na rua, e eles cresciam migravam para a capital para estudar, o casamento era levado mais a sério, mesmo vivendo muitas vezes mal o casal fazia de tudo para segurar a onda e comia mesmo junto o pacote de sal, a palavra valia ouro e não costumavam escrever no gelo, pois se fizessem isso era como ferir sua própria moral e a moral ou sobrenome da família. Os pais se viam sós quando os filhos partiam, e dai vinham outras preocupações, como também a falta de controle que a distância deixou, e o casal aproveitava pouco para ter paz na vida, pois viviam para os filhos que iam pro mundo, se preocupavam, perdiam sono, perdiam as referencia de quem eram eles porque eles eram seus filhos, e a vida passava a ficar sem sentido, sem gosto, um vazio sem fim: - sou tão meu filho que sinto falta de mim mesmo. Tenho uma esposa, que eu nem lembrava mais que tinha. Mas eu a amo.





A mulher de hoje é livre, não é submissa, é dona do próprio nariz, é dona da sua vida e ninguém pode nem deve ter nada a ver com isso, porque se tiver ela não se importa. Ela veste roupa curta, ela faz o que bem entende. E o casal de hoje em dia é outro também. Só tem filhos se conseguem sustentar a criança financeiramente e ao mesmo tempo neste mundo doente. Outros têm filhos sem esperar mesmo, mas dão um jeito. Afinal, naquele lar é como coração de mãe, sempre cabe mais um e aonde comem duas bocas, ahhh comem 3.
Isso tudo aconteceu porque na época que meu avô era piá nós queimamos o sutiã? Ou é culpa da Rosie the Riveter? que foi uma figura importantíssima que representou o esforço do trabalho feminino na indústria nos Estados Unidos na época da segunda guerra mundial.
Há uma série de fenômenos sociais que alavancaram a mulher na vida, no mercado e no mundo. Foi um choque de realidade onde a capacidade deste ser iluminado foi vista como muito além de cuidar de uma casa de uma família e de um casamento. E ela mesma acordou deste sono profundo. Há mulheres que sonham em viver como suas mães, mas elas querem mesmo é autonomia e independência, isso faz parte da vida delas, é como o sangue correndo nas veias, é o sentimento de auto pertencimento e de poder fazer.






A mulher é tão especial que ela faz jornada dupla e faz todo o resto em relação à vida interpessoal e familiar, não no mesmo tempo e não talvez na mesma qualidade dos nossos pais, mas ela se vira nos trinta. Tem homem que não gosta de mulher muito autossuficiente porque ela não é passível de alienação, manipulação e muito menos abuso. Esta mulher vai à luta, tem as mesmas profissões que os homens, deixando uns para traz por sua capacidade de realizar várias atividades ao mesmo tempo e afins. Muitas mulheres trocaram de lugar com seu marido, deixando-o com os afazeres domésticos e de cozinha, além da troca de fraldas e ensinar o filho a usar o troninho, passam a dirigir e trabalhar em empresas com maior número de homens passando a ser a provedora financeira da casa. Uma coisa é certa, a mulher tolera muito mais dor do que homem, isso é cientificamente comprovado, sim, a mulher é mais frágil mas mesmo que soe paradoxal, é mais forte. A mulher de hoje faz graduação , especialização, mestrado, doutorado, trabalha, faz dieta se estiver a fim, vai para academia se se sente bem, se não assiste netflix e come pipoca dia de semana, é uma mulher guerreira, independente, e o mais engraçado disso tudo é que nossos próprios pais enchem a boca para falar que estamos indo a luta, e fazendo isso, aquilo e pendurando na nossa parede um monte de certificados e titulações, tudo está tão louco, que meu pai não parecia se importar de eu ter 30 e tantos anos e ele ainda não ser avô, estamos correndo tanto atrás dos nossos títulos e sonhos que nosso dia parece ter 18 horas.




A questão em pauta é, a sociedade exige tanto que tenhamos estudo, e titulações que sobra pouco ou nenhum espaço para cuidarmos da nossa saúde física, psíquica, espiritual e interpessoal. Os certificados podem futuramente pagar nossas contas, mas não compram nossa saúde, nossos valores e nosso caráter,  não alimentam nosso espirito, que funciona como se fosse o combustível da nossa vida. Ter uma família e um casamento deixou há muito tempo de ser prioridade para muitos, mostrando que a estrutura familiar hoje tem outra roupagem comparada a geração dos nossos pais.

Os homens querem mulheres de atitude e personalidade mas nem sempre dão conta na rotina desta nova mulher, quando não dão conta da personalidade desta mulher, e esta mulher faz dupla jornada para  carregar suas obrigações pessoais e de seu relacionamento porque o tempo é curto, e se engravidar no meio do caminho, muitas coisas deixam de ser prioridade,  ai é trabalhar redobrado para pagar babá, e fralda ou se tiver sorte cuidar e ver cada etapa do desenvolvimento do filho não responsabilizando a creche os a escola pelas lacunas educacionais. Viagem só no final do ano, e a qualidade de vida do casal acaba nesta hora se não souber lidar com esta rotina maluca.




A vida mudou e muito comparando com o período dos nossos pais, vivemos uma outra realidade, temos a tecnologia para facilitar nossa vida, mas ao mesmo tempo para alienar se não fizermos uso com responsabilidade ao mesmo tempo que temos que nos cuidar  para não ficar doentes para tentar acompanhar a demanda de vida diária, vivemos numa montanha russa emocional de demandas para administrar, as nossas e as do outro, e  este texto é para você que apesar de correr contra o tempo se preocupa com a pessoas ao seu redor, enxerga o outro com compaixão e, principalmente a você mulher que deixa nos elevadores dos prédios das cidades uma brisa perfumada para aliviar nossos dias, e adoçar nossa vida, Deus abençoe todas as pessoas em especial as mulheres, seres lindos, e vocês homem, que somam e muito na nossa vida, sem vocês não existiríamos e sem as mulheres a vida seria sem cor. Eita ser extraordinário!

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