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domingo, 27 de agosto de 2017

Seu cortejo me fascina, mas meu espaço vale ouro!


Hoje vou falar neste texto sobre algo que me peguei refletindo: A nossa querida comadre mais conhecida como, carência afetiva.
A carência afetiva pode ser chamada hoje em dia de mal do século, quem sofre dele acaba sufocando uma relação, tanto de amizade, quanto de trabalho, como afetiva.
Podemos dizer seguramente que a carência afetiva funciona nos nossos relacionamentos interpessoais como um sangue suga emocional, o carente afetivo sufoca, causa um bolo na garganta da vitima que fica aprisionada pelo mesmo.

O afeto e o carinho são representações da habilidade humana de aceitar, aprovar, e receber o outro. O recebimento de carinho é tão expressivo como dar carinho, já que uma relação é via de mão dupla, você faz o bem, e recebe o bem também, óbvio que nem sempre é assim. A carência afetiva é uma extrema dependência ou co-dependência emocional, que o individuo precisa do outro para se sentir querido, amado ou importante. Isso acaba sendo um fardo para o companheiro que precisa assumir uma responsabilidade sobre o outro que não é dele.


Estudos comprovam que crianças que foram rejeitadas ou não tiveram carinho dos pais, tem a tendência de desenvolver algum tipo de problema relacionado à afetividade por não terem aprendido a dar nem receber afeto. Porém por mais incrível que pareça, o carinho ou cuidado excessivo também pode fazer com o que um indivíduo desenvolva distúrbios relacionados a este tipo de carência, pois o cuidado excessivo faz com que a pessoa não crie autonomia para se virar sozinha e dependa tanto emocionalmente quando psicologicamente dos pais para realizar simples atividades, a consequência disso é colocar nas relações e nos envolvidos responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da felicidade, isso desencadeia no indivíduo dificuldade de ter autoestima sentindo-se incapaz de realizar coisas ou ter atitudes por si só, sempre dependendo excessivamente de alguém ao seu redor. Isso me faz refletir tamanha responsabilidade dos pais de um ser.


A dependência e a necessidade extrema de ter alguém são algumas das características de um carente afetivo. Este, aceita qualquer condição para que tenha a companhia do envolvido por ter medo de ficar sozinho, isso acarreta dificuldade de relacionar-se fazendo com que o carente não mantenha os relacionamentos, pois o afetado não aguenta o fardo.
o individuo controla a vida do outro sufocando-o, invadindo e abusando do espaço daquele com quem se envolve, os critérios para se relacionar ficam limitados, pois procura qualquer um para se envolver só para não ficar sozinho, é a famosa frase que meu pai dizia: 
-por falta de coisa melhor ou se não tem tu vai tu mesmo.
O carente faz de tudo para chamar atenção, tem atitudes dramáticas e melindrosas, se compara, se inferioriza e cobra muito de todos, inclusive aqueles que são mais próximos, família, parentes e amigos.
Se faz de vitima, dá show em publico, faz birra, só não se joga no chão porque não lembra que fazia isso quando era criança, ou talvez porque fique com vergonha dos olhares externos, pois quer chamar atenção dos que são próximos não necessariamente de desconhecidos.
Aprender a ficar sozinho pode ser uma forma de tratar esta dependência. Um indivíduo tem a obrigatoriedade de se suportar ou suportar a própria companhia e apreciá-la para poder dar isso a outrem.
Como alguém pode te suportar se nem você faz isso? Como alguém pode gostar de você se nem você se gosta? Como alguém vai te achar interessante se nem você faz isso? Só nós podemos preencher nossos vazios, não temos o direito de pedir que as pessoas que nos relacionamos façam isso, é duro, injusto e triste.
Seja uma pessoa com energia positiva, e uma boa companhia, seja para os outros a companhia que você gostaria de ter. Se não consegue isso sozinho, a ajuda de um profissional é sempre valiosa.

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