Hoje vou
falar neste texto sobre algo que me peguei refletindo: A nossa querida comadre
mais conhecida como, carência afetiva.
A carência
afetiva pode ser chamada hoje em dia de mal do século, quem sofre dele acaba sufocando uma relação, tanto de amizade, quanto de trabalho, como afetiva.
Podemos
dizer seguramente que a carência afetiva funciona nos nossos relacionamentos interpessoais
como um sangue suga emocional, o carente afetivo sufoca, causa um bolo na
garganta da vitima que fica aprisionada pelo mesmo.
O afeto e o
carinho são representações da habilidade humana de aceitar, aprovar, e receber o outro. O recebimento de carinho é tão expressivo como dar carinho, já
que uma relação é via de mão dupla, você faz o bem, e recebe o bem também,
óbvio que nem sempre é assim. A carência afetiva é uma extrema dependência ou
co-dependência emocional, que o individuo precisa do outro para se sentir
querido, amado ou importante. Isso acaba sendo um fardo para o companheiro que precisa
assumir uma responsabilidade sobre o outro que não é dele.
Estudos comprovam
que crianças que foram rejeitadas ou não tiveram carinho dos pais, tem a tendência
de desenvolver algum tipo de problema relacionado à afetividade por não terem
aprendido a dar nem receber afeto. Porém por mais incrível que pareça, o
carinho ou cuidado excessivo também pode fazer com o que um indivíduo
desenvolva distúrbios relacionados a este tipo de carência, pois o cuidado
excessivo faz com que a pessoa não crie autonomia para se virar sozinha e
dependa tanto emocionalmente quando psicologicamente dos pais para realizar
simples atividades, a consequência disso é colocar nas relações e nos envolvidos responsabilidade pelo sucesso ou fracasso da felicidade, isso desencadeia no
indivíduo dificuldade de ter autoestima sentindo-se incapaz de realizar coisas
ou ter atitudes por si só, sempre dependendo excessivamente de alguém ao seu
redor. Isso me faz refletir tamanha responsabilidade dos pais de um ser.
A dependência
e a necessidade extrema de ter alguém são algumas das características de um
carente afetivo. Este, aceita qualquer condição para que tenha a companhia do
envolvido por ter medo de ficar sozinho, isso acarreta dificuldade de
relacionar-se fazendo com que o carente não mantenha os relacionamentos, pois o
afetado não aguenta o fardo.
o individuo controla a vida do outro sufocando-o,
invadindo e abusando do espaço daquele com quem se envolve, os critérios para
se relacionar ficam limitados, pois procura qualquer um para se envolver só
para não ficar sozinho, é a famosa frase que meu pai dizia:
-por falta de coisa
melhor ou se não tem tu vai tu mesmo.
O carente
faz de tudo para chamar atenção, tem atitudes dramáticas e melindrosas, se
compara, se inferioriza e cobra muito de todos, inclusive aqueles que são mais
próximos, família, parentes e amigos.
Se faz de vitima, dá show em publico, faz
birra, só não se joga no chão porque não lembra que fazia isso quando era
criança, ou talvez porque fique com vergonha dos olhares externos, pois quer
chamar atenção dos que são próximos não necessariamente de desconhecidos.
Aprender a
ficar sozinho pode ser uma forma de tratar esta dependência. Um indivíduo tem a
obrigatoriedade de se suportar ou suportar a própria companhia e apreciá-la
para poder dar isso a outrem.
Como alguém pode te suportar se nem você faz
isso? Como alguém pode gostar de você se nem você se gosta? Como alguém vai te
achar interessante se nem você faz isso? Só nós podemos preencher nossos
vazios, não temos o direito de pedir que as pessoas que nos relacionamos façam
isso, é duro, injusto e triste.
Seja uma
pessoa com energia positiva, e uma boa companhia, seja para os outros a
companhia que você gostaria de ter. Se não consegue isso sozinho, a ajuda de um profissional é sempre valiosa.
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