Olá queridos
leitores, vou compartilhar com vocês mais uma experiência vivida na última sexta
feira.
Estive no
teatro assistindo pela segunda vez a peça: O Monge e o Executivo.
Mas comadre,
você já não assistiu uma vez? Por que foi de novo?
Fui de novo
porque a peça é sensacional, e a primeira vez que eu fui me senti tocada,
emocionada, e surpresa, porque o trabalho de todos os envolvidos foi lindo, os
atores são incríveis, o produtor da peça é um querido, e assisti de novo porque
mais uma vez recebi uma injeção de ânimo nesta nossa vida tão cinza muitas
vezes, assistir tudo isso me fez ver que ainda dá para ter fé na humanidade,
nem tudo está perdido.
Vou fazer um
resumo para vocês entenderem um pouco do que a peça retrata.
Ela é uma
adaptação do livro O Monge e o Executivo de James C. Hunter. O livro fala sobre
liderança pessoal e é uma lição de vida.
Uma das
primeiras coisas abordadas no início é sobre as coincidências da vida. O Executivo
do livro acaba indo para um mosteiro para fazer um curso sobre liderança
pessoal e até chegar ao local percebeu que estava envolvido em algumas
coincidências, isso nos faz refletir sobre as casualidades da vida, será que o
por acaso é mesmo por acaso ou as coisas acontecem por algum motivo, ou para
nos mostrar algo que estamos cegos para enxergar?
Algo muito
interessante que também foi abordado é o ouvir, e o respeito ao próximo, temos
dificuldade em parar para escutar nossos colegas, amigos, companheiros, pessoas
no geral que nos relacionamos, às vezes não nos damos conta que parar para
ouvir nos faz sermos mais tolerantes ao mesmo tempo que podemos aprender com as
histórias alheias, mas muitas vezes só temos interesse em falar, ouvir os
outros pode ser um fardo, e não deveria ser assim. Muitas vezes somos egoístas e
não nos importamos com a opinião dos outros, e isso faz muito mal para a
humanidade.
A importância
que as pessoas dão para o dinheiro e as coisas materiais, faz com que a vida se
torne mecânica, automática, às vezes o ter é muito mais importante que o ser. Amigos,
amores, família, sexo, natureza estão longe ou são impossíveis de serem
compradas com dinheiro. O dinheiro está em 4º em relação a necessidade. Um casal
de baixa renda, por exemplo, pode ter um casamento feliz, até porque o dinheiro não teria
o poder de salvar um casamento.
Algo muito
interessante também na abordagem da peça é o significado do amor. O amor é
comportamento. Dizer que ama alguém, mas não se comportar expressando amor em atitudes
seria o mesmo que dizer que sabe voar apenas fazendo um curso de piloto
teórico. Uma intenção sem ação seria igual a nada. O amor pode ser demonstrado
pelo exemplo. O amor ouve o outro e lhe dá atenção.
Algo que
chamou atenção também foi uma cena que fala sobre o atraso. Quando marcamos algo
com alguém, dedicamos um momento do nosso tempo com aquela pessoa. Quando nos
atrasamos significa que o tempo da pessoa não é tão importante, automaticamente ela tem o direito de não se sentir importante.
Outra coisa
que também foi abordada é a religiosidade, que temos que respeitar as escolhas
dos outros, até mesmo os ateus têm sua religiosidade porque se pautam em suas
filosofias, e acreditam em algo mesmo que este algo não seja Deus, eles têm
respostas para suas questões. Ninguém pode provar que Deus existe, mas também
ninguém pode provar que não existe
A peça
também fala sobre a importância de um elogio e do discernimento de elogiar em público,
corrigir em privado, a importância da humildade denominando-a da seguinte
maneira: ser autêntico sem orgulho e pretensão.
Não vemos o
mundo como ele é, mas como nós somos, temos que ter nossos compromissos com a
vida, arcando com nossas escolhas e responsabilidades. A verdade está em toda
parte, basta que prestemos atenção.
Algo muito
rico que também foi abordado é sobre relacionamentos. A qualidade da nossa vida
está totalmente ligada na qualidade de nossos relacionamentos. Um exemplo
citado foi um casal com casamento em crise. A decisão de continuarem juntos
seria apoiada se os mesmos passassem a agir como agiam um com o outro no início,
durante trinta dias, nossos sentimentos são como músculos emocionais que podem
ser condicionados, e habituados. Esta atitude faria com que os corações se aproximem de novo.
Muitas vezes perdoamos muito fácil nossos próprios erros e somos impacientes
com os erros dos outros, isso é um hábito que precisamos modificar, quando cometemos
falhas com as pessoas que nos relacionamos, fazemos uma retirada da nossa conta
pessoal com aquele indivíduo, o mesmo acontece quando temos ações positivas,
depositamos virtudes e aumentamos nossa conta pessoal positivamente com aquela
pessoa.
Algo que
nunca podemos perder é a fé, a esperança e o amor. A maior recompensa que a
vida pode nos dar é uma alma tranquila que nós mesmos conquistamos através das nossas
escolhas. Sempre que possível fazer uso da lei do ouro, de não fazer com os
outros aquilo que não gostaríamos que os outros nos fizessem. Não adianta
aprender o bem se não o fizer.
Tudo isso
citado no texto é só uma parte do que a peça retrata. Vivemos num mundo
mesquinho, egoísta, as virtudes positivas que tínhamos como base estão se
tornando obsoletas, a referência do que é certo e errado está se perdendo, e
parece que estamos cada vez mais longe de vivermos num mundo tranquilo e
solidário.
Assistir uma
peça com este contexto faz com que os atores nos mostrem que tem luz no fim do túnel,
nem tudo está perdido, tem gente boa no mundo, porque certamente se não tivesse
ele já teria acabado há muito tempo.
Meu
sentimento após presenciar mais este momento de talento e cultura é que não
estou sozinha, tem gente fazendo a diferença, tem gente presenteando com
sorriso e honestidade. Sou grata aos queridos atores que se apresentaram, ao
produtor Vagner Molina. Fiquei apaixonada por todos estes artistas, em especial
ao sargento que trouxe boas risadas com sua forte expressividade.
Sargento, me
deve uma foto e um abraço.
Sou fã de
todos vocês.
No final da
peça o ator principal disse belas palavras mais uma vez, falou sobre o uso excessivo da tecnologia nos deixando alienados e mais um monte de coisas importantes para pararmos para refletir. E disse que se eles
tivessem conseguido tocar 5 pessoas que lá estavam já estavam felizes. Eu posso
dizer que eu fui tão tocada, que estarei presente em todas as próximas apresentações
se for possível. Porque senti minha alma muito mais leve.
O sentimento
agora é de colocar na minha vida prática tudo que foi dito na peça, e de gratidão pelo belo e
espetacular trabalho. Foi 1 uma hora e 40 minutos de muita satisfação. Tempo precioso de aprendizado.
Assistam, vale
muitoooooooo a pena.
confiram mais detalhes sobre elenco e etc, neste site: http://omongeeoexecutivo.com.br/site/
confiram mais detalhes sobre elenco e etc, neste site: http://omongeeoexecutivo.com.br/site/
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