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terça-feira, 30 de maio de 2017

O Monge e o Executivo: o melhor livro em formato de peça de teatro!



Olá queridos leitores, vou compartilhar com vocês mais uma experiência vivida na última sexta feira.
Estive no teatro assistindo pela segunda vez a peça: O Monge e o Executivo.
Mas comadre, você já não assistiu uma vez? Por que foi de novo?
Fui de novo porque a peça é sensacional, e a primeira vez que eu fui me senti tocada, emocionada, e surpresa, porque o trabalho de todos os envolvidos foi lindo, os atores são incríveis, o produtor da peça é um querido, e assisti de novo porque mais uma vez recebi uma injeção de ânimo nesta nossa vida tão cinza muitas vezes, assistir tudo isso me fez ver que ainda dá para ter fé na humanidade, nem tudo está perdido.
Vou fazer um resumo para vocês entenderem um pouco do que a peça retrata.
Ela é uma adaptação do livro O Monge e o Executivo de James C. Hunter. O livro fala sobre liderança pessoal e é uma lição de vida.

Uma das primeiras coisas abordadas no início é sobre as coincidências da vida. O Executivo do livro acaba indo para um mosteiro para fazer um curso sobre liderança pessoal e até chegar ao local percebeu que estava envolvido em algumas coincidências, isso nos faz refletir sobre as casualidades da vida, será que o por acaso é mesmo por acaso ou as coisas acontecem por algum motivo, ou para nos mostrar algo que estamos cegos para enxergar?


Algo muito interessante que também foi abordado é o ouvir, e o respeito ao próximo, temos dificuldade em parar para escutar nossos colegas, amigos, companheiros, pessoas no geral que nos relacionamos, às vezes não nos damos conta que parar para ouvir nos faz sermos mais tolerantes ao mesmo tempo que podemos aprender com as histórias alheias, mas muitas vezes só temos interesse em falar, ouvir os outros pode ser um fardo, e não deveria ser assim. Muitas vezes somos egoístas e não nos importamos com a opinião dos outros, e isso faz muito mal para a humanidade.
A importância que as pessoas dão para o dinheiro e as coisas materiais, faz com que a vida se torne mecânica, automática, às vezes o ter é muito mais importante que o ser. Amigos, amores, família, sexo, natureza estão longe ou são impossíveis de serem compradas com dinheiro. O dinheiro está em 4º em relação a necessidade. Um casal de baixa renda, por exemplo, pode ter um casamento feliz, até porque o dinheiro não teria o poder de salvar um casamento.
Algo muito interessante também na abordagem da peça é o significado do amor. O amor é comportamento. Dizer que ama alguém, mas não se comportar expressando amor em atitudes seria o mesmo que dizer que sabe voar apenas fazendo um curso de piloto teórico. Uma intenção sem ação seria igual a nada. O amor pode ser demonstrado pelo exemplo. O amor ouve o outro e lhe dá atenção.
Algo que chamou atenção também foi uma cena que fala sobre o atraso. Quando marcamos algo com alguém, dedicamos um momento do nosso tempo com aquela pessoa. Quando nos atrasamos significa que o tempo da pessoa não é tão importante, automaticamente ela tem o direito de não se sentir importante.


Outra coisa que também foi abordada é a religiosidade, que temos que respeitar as escolhas dos outros, até mesmo os ateus têm sua religiosidade porque se pautam em suas filosofias, e acreditam em algo mesmo que este algo não seja Deus, eles têm respostas para suas questões. Ninguém pode provar que Deus existe, mas também ninguém pode provar que não existe
A peça também fala sobre a importância de um elogio e do discernimento de elogiar em público, corrigir em privado, a importância da humildade denominando-a da seguinte maneira: ser autêntico sem orgulho e pretensão.
Não vemos o mundo como ele é, mas como nós somos, temos que ter nossos compromissos com a vida, arcando com nossas escolhas e responsabilidades. A verdade está em toda parte, basta que prestemos atenção.
Algo muito rico que também foi abordado é sobre relacionamentos. A qualidade da nossa vida está totalmente ligada na qualidade de nossos relacionamentos. Um exemplo citado foi um casal com casamento em crise. A decisão de continuarem juntos seria apoiada se os mesmos passassem a agir como agiam um com o outro no início, durante trinta dias, nossos sentimentos são como músculos emocionais que podem ser condicionados, e habituados.  Esta atitude faria com que os corações se aproximem de novo. Muitas vezes perdoamos muito fácil nossos próprios erros e somos impacientes com os erros dos outros, isso é um hábito que precisamos modificar, quando cometemos falhas com as pessoas que nos relacionamos, fazemos uma retirada da nossa conta pessoal com aquele indivíduo, o mesmo acontece quando temos ações positivas, depositamos virtudes e aumentamos nossa conta pessoal positivamente com aquela pessoa.



Algo que nunca podemos perder é a fé, a esperança e o amor. A maior recompensa que a vida pode nos dar é uma alma tranquila que nós mesmos conquistamos através das nossas escolhas. Sempre que possível fazer uso da lei do ouro, de não fazer com os outros aquilo que não gostaríamos que os outros nos fizessem. Não adianta aprender o bem se não o fizer.
Tudo isso citado no texto é só uma parte do que a peça retrata. Vivemos num mundo mesquinho, egoísta, as virtudes positivas que tínhamos como base estão se tornando obsoletas, a referência do que é certo e errado está se perdendo, e parece que estamos cada vez mais longe de vivermos num mundo tranquilo e solidário.
Assistir uma peça com este contexto faz com que os atores nos mostrem que tem luz no fim do túnel, nem tudo está perdido, tem gente boa no mundo, porque certamente se não tivesse ele já teria acabado há muito tempo.
Meu sentimento após presenciar mais este momento de talento e cultura é que não estou sozinha, tem gente fazendo a diferença, tem gente presenteando com sorriso e honestidade. Sou grata aos queridos atores que se apresentaram, ao produtor Vagner Molina. Fiquei apaixonada por todos estes artistas, em especial ao sargento que trouxe boas risadas com sua forte expressividade.
Sargento, me deve uma foto e um abraço.
Sou fã de todos vocês.
No final da peça o ator principal disse belas palavras mais uma vez, falou sobre o uso excessivo da tecnologia nos deixando alienados e mais um monte de coisas importantes para pararmos para refletir. E disse que se eles tivessem conseguido tocar 5 pessoas que lá estavam já estavam felizes. Eu posso dizer que eu fui tão tocada, que estarei presente em todas as próximas apresentações se for possível. Porque senti minha alma muito mais leve.
O sentimento agora é de colocar na minha vida prática tudo que foi dito na peça, e de gratidão pelo belo e espetacular trabalho. Foi 1 uma hora e 40 minutos de muita satisfação. Tempo precioso de aprendizado.
Assistam, vale muitoooooooo a pena.
confiram mais detalhes sobre elenco e etc, neste site: http://omongeeoexecutivo.com.br/site/

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