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segunda-feira, 24 de abril de 2017

Seria eu, tu, eles, fantoches da vida?

Você já parou para se perguntar, meu compadre e minha comadre, para que você veio ao mundo? Qual seu destino, por que nasceu, qual sua verdadeira missão? Seria sua missão ter um labrador no quintal, cinco filhos, e ler histórias para eles deitado na rede?
Seria seu destino ser um pesquisador de sucesso, com uma vida feliz e uma família contente?
Você acredita que nada é por acaso ou casualidades fazem parte da vida?
Você acha que uma pessoa pode estar no lugar errado, na hora errada, ou tudo que tem que acontecer acontece independente do lugar que você esteja?
Você já escutou histórias do tipo: Sabe o senhor João? Aquele, o dono do boteco pé de feijão. Você sabia que ele levou um tiro no peito e só não morreu porque estava com uma moeda no bolso que não deixou a bala furar? Barbaridade, este João tem é muita sorte. Seria mesmo sorte, ou não era hora de partir do senhor João?
Como você explica certos acontecimentos do tipo: 100 pessoas estavam num avião que caiu, e aí uma pessoa das 100 sobrevive. Seria isso uma casualidade?
 Esta é só uma história destas que a gente escuta por aí que nos faz questionarmos qual o sentido dessa vida maluca. Tem coisas que não foram feitas para serem entendidas, tem mistérios que jamais desvendaremos, e um plano fora da matéria que jamais entenderemos.
Você é como eu, que fez uma, duas, três, quatro, várias tentativas na vida, e na maioria das vezes recebeu não como resposta? Você viu uma saída ali, e foi por aquele caminho, mas deu ruim, aí você deu ré e fez outra tentativa, e não deu de novo, e repetiu, e repetiu, você sempre faz alguma coisa, tem boas ideias, mas parece que só o que você tem são migalhas da vida.
Mas não seja ingrata comadre, você não tem só migalhas, olhe quantas coisas boas aconteceram com doçura e você aí vendo só o amargo da vida, isso não se faz. Você é uma pessoa que procura ser boa com o outro, não maltrata, é empático, honesto da maneira que pode, é compreensivo, mas mesmo assim, parece que a energia positiva que você joga para o universo, sempre tem sentido de flecha contrária a você?
E agora você tem que aceitar as migalhas mesmo que ainda dormidas do pão da vida, migalhas de pessoas que só te presenteiam com desculpas esfarrapadas e sobras frias e estragadas? Será este o carinho que você merece? Onde está seu valor?
Pois, bem-vindo ao clube, você não é o primeiro nem único a se sentir assim.

Você pode ouvir por aí gente te diminuindo com a fala que você não sabe o que vai ser, pode ouvir que você é um fracassado e que não é bom em nada, ou o bastante, ou você mesmo pensa isso de você as vezes, por conta de tanto nadar, nadar, e morrer na praia, mas não se desespere, pessoas que falam mais do que o homem da cobra e não contribuem em nada para a humanidade, e na minha, na sua, na nossa vida é o que tem de sobra. Não basta saber para que veio, basta mesmo é diminuir os outros, pois só assim estas pessoas podem se sentirem superiores. Como o ser humano é medíocre quando não complicado as vezes né?



Mas se for pensar bem, a gente já nasce com o não. Temos que disputar com trocentos espermatozoides, apostar uma maratona de natação para chegar lá. Pode parecer clichê, mas aí você já venceu, você foi o primeiro, e este foi seu desafio número 1, se for olhar por este lado, a vida te deu a escolha de viver ou não, se você fosse mesmo teimoso e preguiçoso e só lagarteasse, nem teria conseguido. Então você recebeu seu primeiro sim, mas foi graças ao seu esforço, você escolheu viver. Ou seja, você não é tão vagabundo assim como dizem, essa visão está distorcida.
Mas aí você conheceu a luz, porque você chegou primeiro, legal, você venceu, você teve mais um desafio pela frente, esperar os nove meses apertado num negócio quente, cheio de água, que às vezes você meio que bebia água sem querer, e não se sentia tão bem, se sentia apertado, queria esticar os braços mas o espaço era limitado, e quando tinha alguém dividindo espaço com você? Mal você sabia que a vida estava te treinado para pegar a linha vermelha no horário de pico no metrô, isso sim é diminuir distância e aproximar pessoas.
Então você sentiu um monte de coisa ruim da sua mãe, sentia coisa muito boa também, se escutava alguém cantando sua mãe, algum pedreiro maltrapilho, você sentia vontade de dar o primeiro chute, e esta foi sua primeira manifestação de stress. Você já tinha bossa para lutar contra o machismo independente do seu sexo, e já defendia a ideia que ninguém tem o direito de assediar, cantar, ou repudiar uma mulher nem se ela estiver nua, em hipótese alguma. Você então nasceu.
Mas a vida meio que te negou a vinda, mesmo na linha de chegada, o médico te dá um tapa na bunda, para você saber que a vida não é moleza não, aí você chora, e sente o salgado das lágrimas.
O seu primeiro não se transformou num sim, bem-vindo a vida.
Mas ai com o passar dos anos você começa a desfrutar da vivência, começa experimentar sabores, formatos e cores, vai para escola para interagir com outros que estão na mesma vibe que você, aprende a usar o penico, fica mais independente para fazer suas necessidades fisiológicas, o que te dá mais segurança, e aí você se torna um adolescente, aborrescente para alguns, começa a descobrir sua personalidade, do que gosta, desvendar seu corpo, conhecer outros corpos, mal sabe você que tudo que você viveu até ai, mesmo que pareça pouco, pode limitar suas escolhas e habilidades pelo resto da sua vida. Você acha que tem o rei na barriga e é o dono da verdade e sabedoria, tem resposta na ponta da língua para tudo e sua mãe começa a te chamar de queixo duro e respondão, mas você nem liga, afinal, você tem personalidade e pouco se importa com o que dizem. Talvez uma coisinha torta que aconteceu quando você tinha seus 8 anos, pode te fazer não conseguir ser bem-sucedido profissionalmente ou em outra área da sua vida agora, e isso pode te bloquear para sempre. Complexo não? E aí você é julgado por amigos, pela sua família, alguns te chamam de vagabundo, outros de perdido, outro de vida louca, outros de encostado, de exótico, esquisito, peso morto, sei lá, chamam de qualquer coisa negativa que te causa um mal-estar absurdo, barbaridade, como viver as vezes é cansativo. Aí começam as comparações, malditas comparações. Ahh mas o filho do compadre Bartolomeu se tornou doutor, já tem casa, carro, e três filhos, aquela família é bem sucedida, ahh a filha da comadre Leonora é esteticista e trabalha com o melhor médico de estética do planeta, e você aí pichando muro, e andando de skate pleno dia de semana. Seu vagabundo.


Se você já se sentia o mosquito do coco do cavalo do bandido, agora você quer deitar no chão e se estrebuchar.
Porque não basta o que você faça e se você é feliz ou não, o importante é ser doutor, porque se você não for um, você é um bosta, um ser humano desprezível.
A que ponto chegamos?
Conheço pessoas por aí que devem até as calças para o banco, mas precisam andar de Ferrari, mal podem pagar a gasolina, mas não basta estar na merda, o que basta é as pessoas acharem que não estão na merda. Status é uma coisa ridícula.
Não basta viajar para Europa, tem que contar para todo mundo que viajou para Europa, mesmo que compre fiado no café da esquina, o cara é foda, porque viajou para Europa. E usa uma calça de 5 mil reais, quando o bagual morrer esta calça poderosa terá o poder de ressuscitá-lo.
Meu povo, eu prefiro não ser 100% bem-sucedida, não ter encontrado minha missão e minha vocação ainda, não ser rica fina e poderosa da Oscar freire, ou melhor, da champ elysee, mas viver com honestidade, mesmo que seja o que eu tenho para agora sem dever para ninguém, deitar a noite a cabeça no meu travesseiro, e lembrar de tudo que eu não estou fazendo de errado e de mal para os outros e ver que, eu procuro fazer o que eu posso para ser justa. Será mesmo que uma pessoa com mentalidade medíocre tem amnésia de memória quando deita para dormir? Será que a pessoa sente culpa, ou nem faz ideia do que é isso? Será que sacanear os outros ou se achar a última coca cola do deserto não causa nenhum tipo de remorso?
Às vezes eu me sinto um fantoche da vida sim, eu tento, não dá, eu me canso, respiro fundo e tento de novo, e é não mais uma vez, eu busco energia do mais íntimo do meu ser para encontrar um plano z, vou em frente e tento mais uma vez e não dá de novo, será que depende só de nós? Vejo pessoas fazendo as coisas da maneira mais torta possível e aparentemente estão alcançando o topo mesmo passando a perna e menosprezando os outros, será mesmo que elas são felizes?


Se você está em busca de uma oportunidade de emprego por exemplo, você pode fazer o que for, depende de outra pessoa te querer ou não, e muitas vezes as pessoas não nos querem e a gente nem tem como saber o que fizemos de errado, é injusto? é. Elas não nos presenteiam nem com um feed back para sabermos o que podemos melhorar. Eu já vi caso de gente que teve emprego negado porque era muito bonito, outros porque eram feios, mas a beleza não é relativa e incomparável?
As vezes a gente se revolta, olha para o céu e diz: meu deus, porque você só me dá migalhas e me faz de fantoche?
Mas será que a culpa é dele?
A culpa é da Dilma, é do bueiro, ou é do coador de café?
Por que temos que nos conformar dizendo que sempre poderia ser pior, ou que tem pessoas em situações piores, seria isso um conformismo não tão conformista, mas ao mesmo tempo distorcido da nossa realidade, que não nos cai bem e nos é negativa?
Será que têm indivíduos que vieram ao mundo para viver sem função? Ou vieram para ser luz na vida de outros indivíduos em alguma etapa da vida e só? Será que existe missão, destino, sorte, ou o que nos alimenta de fato é a fé, mesmo achando que as vezes a vida nos faz de fantoche? O que nos paralisa e não nos faz prosperarmos?
Você faz diferença na vida de alguém, ou na rua que passa?
Se você morresse amanhã quem sentiria sua ausência? Será que você iluminou a vida de alguém ou só deixou marcas negativas do seu egoísmo, e a essência, você tem, ou só possui beleza externa?
Talvez o que nos faz pessoas melhores é nosso otimismo ao pensarmos que viver é um desafio sim, mas você escolhe sofrer ou viver. Chorar, lamentar e reclamar nunca melhora a situação, muito pelo contrário, nos deixa mais revoltados. E quanto a nossa convivência com pessoinhas, ou pessoas vazias e tóxicas? Com elas aprendemos a sermos diferentes. Ninguém passa na nossa vida por acaso.


Se você acredita em Deus, ou em alguma energia que te move, diga para ele ou ela, pois são seus melhores amigos, se pergunte o que você fez de errado ou o que fez para merecer, e o que você tem que aprender com esta merda toda, afinal de contas, o que é um peido para quem está cagado. O céu sempre manda um sinal, através de um amigo, de um mendigo, de qualquer pessoa que cruza nosso caminho, até num sonho psicodélico, a vida fala conosco e interage o tempo todo, se precisar brigar com ela, brigue, seja sincero, grite, chore, se isso te fizer sentir melhor. A verdade está em todo lugar, ela é mais cristalina que água pura, beba desta água.
Pare e pense o que você tem de bom até agora, por mais negativo e cego que esteja, sempre tem algo que você conquistou enquanto estava se sentindo ferrado. Mesmo que na balança pese o que foi ruim tente enxergar o que é, e o que foi bom, sabe o jogo dos 7 erros? Você só enxerga o que falta na outra figura e nunca o que está colorido, para a vida é a mesma coisa, você está vivo e está tentando, pior do que tentar e errar é não tentar por medo de fracassar. Quando a gente só enxerga a sombra na nossa frente, perdemos o parâmetro da luz, e a luz costuma iluminar a cegueira.


terça-feira, 18 de abril de 2017

Sua vida não é um conto de fadas, muito menos seus afetos!


Olá compadres e comadres. Estes dias me peguei pensando com meus coloridos botões. Por que ainda não foi ressignificado esta historinha patifaria dos contos de fadas, onde casamento é sinônimo de felicidade eterna?
Primeira coisa: casamento não é sinônimo de “felizes para sempre”, ele é rosa e espinho, como o trabalho, como a vida, como o ônibus, que te leva mas as vezes quebra, como todo o resto,  até porque há muitas pessoas que vivem casamento de fachada, no fundo estão infelizes, mas não se separam porque disseram até que a morte nos separe, preferem aparentar para os outros que estão bem, porque se cada um for para um lado as pessoas, os parentes,  os vizinhos, vão reparar,  se preocupam com o que vão pensar e achar a respeito de suas vidas, mas não seria a morte em plena vida estar ao lado de alguém que você não vê mais perspectivas de futuro? Alguém que não tem mais sentimento por você e vice-versa, aquele afeto que foi morto e enterrado, alguém que não ama mais, e só porque assinou um papel se mantém lado a lado?
Casamento e o compromisso não são o papel e a aliança que usamos como objetos de decoração, e sim o contrato e o compromisso interno que temos com o coração do outro. Não é à toa que o dedo usado para colocar o adereço anel de metal é o dedo esquerdo anular, que é o que se liga ao coração.
Quantas pessoas você já viu por aí que tiram a aliança para cometer adultério? Por isso eu falo, não há papel, anel ou testemunha, que desmistifique ou justifique a falta de caráter.
Quem trai sempre justifica a atitude como se fosse culpa do outro, que foi procurar fora o que não tinha em casa, é muito mais fácil colocar a culpa no parceiro, mas será que o papel de trair não é muito mais deselegante? Por que não são sinceros e honestos? Facilitariam a vida de todo mundo, e não teriam o trabalho de enganar ninguém.
Sim, casamento é um compromisso de responsabilidade, o que eu acho errado é a banalização do ato em si, as pessoas já se casam com a mentalidade que se der errado separam, mas na realidade elas não têm maturidade para viver um casamento de fato, as relações estão cada vez mais superficiais e egoístas , um tem que aceitar o outro com seus limites, mas também não quer olhar para si mesmo e perceber que a via é de mão dupla, que os dois precisam fazer sua parte, simplesmente desistem no primeiro pum. Casamento, acredito eu, não é para pessoas fracas, primeiro porque é necessário lutar para dar certo, é como se fosse uma empresa onde é necessário muita energia e investimento. Muitas vezes os relacionamentos funcionam como empreendimento na vida das pessoas, e aqueles relacionamentos que vão bem, elas simplesmente esquecem de investir porque estão aparentemente  bem, mas aí que está o erro, nada funciona por conta própria, inclusive as relações, que precisam ser alimentadas, revigoradas, questionadas e o mais importante: os dois precisam querer fazer funcionar na mesma frequência e intensidade, se a vibe não é a mesma, e não há interesse de ambos em equilibrar, e fazer a manutenção preventiva, o fracasso é garantido. Você já parou para se perguntar porque os inícios das relações são sempre lindos e calorosos?

Primeiro porque o novo instiga e fomenta seu desvendamento, segundo porque existe a conquista de ambos os lados, então o casal faz de tudo para agradar, para conquistar e para acolher o outro, neste momento dão mais amor do que necessariamente recebem, dão o melhor de si, são piegas, românticos, carinhosos, mas aí o tempo vai passando, a relação cai na rotina, e as coisas que deveriam ser mantidas vão escorrendo pelo ralo, a sensação que dá é, que se aquilo já foi conquistado, tiram férias da relação,  e de braços cruzados não precisam fazer mais nada para manter aquilo que foi conquistado. Aqui é que está o grande equívoco. Nesta hora é necessário inserir o novo, buscar novas formas de entretenimento para o casal, novas posições sexuais, e mesmo que você esteja pobre e sem dinheiro, busque programas gratuitos para sair da rotina. Tem coisas que nunca devem ser deixadas de lado, como por exemplo, um carinho, um sorriso espontâneo e fácil, elogios, apoio, companheirismo, dizer que o outro é importante, mandar uma mensagem inesperada, ligar em horários que não era de costume, isso tudo talvez pareça algo pequeno e sem importância, mas acredite, são estes detalhes que fazem toda a diferença.


Ahh, mas comadre, o que você sabe sobre relacionamento para falar que acontece desta forma, com tanta propriedade?
Eu sei porque eu me relaciono com as pessoas e as histórias são sempre as mesmas, elas falam com a boca cheia que padres não podem falar de casamento como se fossem donos da razão, já que não vivenciaram um casamento. Porém, tem pessoa para fazer pesquisa de campo melhor que o padre? Ele não viveu isso, porém o que ele escuta de histórias alheias, não está escrito no gibi.
Aparentemente a princesa não arrota, é cheirosa e perfeita, no filme não mostra a princesa de TPM, nem com dor de barriga, nem fazendo progressiva no cabelo, depilando e fazendo unha, o príncipe muito menos, ele é viril, másculo, forte e precioso. Você já parou para olhar a princesa e o príncipe internamente? O que chama atenção em ambos à primeira vista é apenas a estética, e a beleza, porém a beleza acaba, e você não continuou acompanhando a vida deles pós filme mesmo sabendo que é um conto, e as vezes do vigário, para saber como é a relação dos dois, nem mesmo para apreciar ou admirar suas virtudes, se é que elas existem.
Porque não mostram o lado negro das pessoas? Será que as crianças, se soubessem desde pequenas quem são seus heróis não entenderiam que para ser um é necessário batalhar, e muito, e que indivíduos são faltosos?
Ah comadre, mas tem o Shrek, ele é ogro e mesmo assim a princesa quis ficar com ele. Sim, realmente o Shrek é cheio de defeitos, e a princesa também é, e um casou com o outro sabendo da ogrice de ambos. Talvez este desenho ressignifique um pouco esta coisa de perfeição que as pessoas insistem em procurar nas outras.
A reflexão que quero gerar neste texto é: ninguém é feliz para sempre, somos limitados como indivíduos. Tem dias que estamos bem e outros nem tanto. Mas se estamos nos relacionando com um outro ser, podemos aprender a construir um castelo de sonhos juntos, mesmo sabendo que cada um terá seu ritmo para chegar no topo, e neste caminho haverá muitas pedras, mas se você decidiu dar a mão para subir na montanha, você saberá que os dois suarão e cansarão juntos, mas lá no topo poderão chorar de emoção, rir de alegria e se abraçar para demonstrar apoio, e até comer um açaí para refrescar, esta tarefa muitas vezes pode ser bem chata, por outro lado também pode ser divertida. O problema em pauta é, que as pessoas andam tão egoístas que elas acham que precisam crescer sozinhas para encontrar a cara-metade lá no topo, não querem carregar o fardo por completo e só querem viver a parte boa da relação, por isso os relacionamentos andam tão banais e descartáveis.
Tem pessoas que tem o sonho do casamento, eu tenho, eu acho louvável estes casamentos que duram uma vida, acredito que na época dos nossos pais as pessoas abraçavam a causa da saúde e da doença, claro que tem as exceções, mas, hoje em dia as pessoas moram juntas, e se não der certo cada uma segue seu caminho, prometem coisas umas para as outras da boca para fora, não têm ideia do peso e da importância de uma palavra, e ainda acham normal esta atitude, desistem muito facilmente da relação, deixam o outro sem resposta muitas vezes, acho que chega a ser falta de respeito e educação certas atitudes, muitos dizem que a indiferença e a falta de resposta já é uma resposta, mas será mesmo? não seria isso uma desculpa para falta de interesse e desconsideração, será que as pessoas não merecem o melhor de nós, mesmos que não possamos vê-las fazendo parte de nossas vidas? isso é muito triste, e a banalização e instrumentalização do afeto é aparente.
Acho muito bonito alguém ser capaz de conviver com o outro uma vida inteira desvendando e lidando com o mesmo, ao mesmo tempo que ensina e aprende com ele.
Vivemos num momento que as relações de afeto acontecem muitas vezes apenas para o prazer momentâneo, poucos querem descobrir e desvendar o outro dos pés à cabeça, e é uma pena, porque sempre temos muito a aprender com aqueles que estamos nos relacionando. Todo ser humano renasce a cada dia, e sempre haverá perguntas a serem feitas para aquela pessoa que você convive há anos, porque as pessoas se renovam a todo momento.
O que temos que perceber é, que somos faltosos, mas meu limite é diferente do limite da pessoa que estou convivendo, e isso é muito bom, pois você pode ensinar para ela caminhos diferentes dos caminhos que ela conhece e vice-versa, nem sempre o feliz para sempre é o feliz junto, mas também é possível que seja, depende do ponto de vista e do esforço de cada um, uma coisa é certa, relacionamentos em todos os sentidos, não são para os fracos.



E uma certeza eu tenho, a felicidade refere-se aos níveis dos nossos relacionamentos, quando tem algo errado com eles é possível dizer que tem algo faltando num contexto geral, mesmo sabendo que não somos incompletos como pessoas, podemos dizer também que ninguém completa ninguém. Mas as pessoas somam, diminuem e muito na nossa vida, dão colorido ou dão cinza, dão rabiscos, círculos e figuras geométricas, e têm pessoas que são como as nuvens, você observa e imagina um animal.
O que quero trazer como reflexão neste texto é, o para sempre uma hora acaba quando um dos que compõem o casal vão desta para melhor, ou batem as botas como dizia minha vó. Se seu relacionamento não te faz feliz e você e seu parceiro estão vivos, tente até a última gota, faça sua parte para sua relação crescer e prosperar, não abandone ninguém pelos seus defeitos, pois a próxima pessoa que você se relacionar também terá, e você vai trocar o porco urbano pelo porco selvagem, ambos continuarão sendo porcos, tenha maturidade para lidar com o outro, no seu limite, e também na sua falta, seja sincero, abra o coração quando sentir necessidade, nas relações não há espaço para joguinhos de manipulação amorosa, deixe o outro saber o que você sente quando não está satisfeito, se ele gosta de você vai procurar melhorar no que estiver em seu alcance e ajudar também, ame, mas também não mendigue amor, quando um não quer dois não transam, se a recíproca não é verdadeira não insista, onde não há amor não te demores, e não se culpe se muitas vezes você quis ficar e dar amor a quem não soube receber, porque aí já não é mais problema seu, nada melhor que a consciência tranquila.
Outra coisa extremamente importante nível hard da estrela, é que muita gente acha que vai encontrar fora da relação, prazeres momentâneos, através de outros corpos, outras formas de prazeres, enquanto engana o parceiro, cometendo traição. Não se iluda, desça para a terra compadre e querida comadre, quiçá o que você acha que está faltando na relação, você nunca encontre em outra pessoa, porque talvez a falta esteja em você. Entenda, não há como preencher um vazio com outro vazio.
E não venha com este papo que a carne é fraca, que você adora uma sanacagem e uma safadeza, que a cabeça de baixo falou mais alto, estas patifarias que as pessoas justificam as merdas que fazem, não existe carne fraca quando existe por trás dela um ser humano ético não erótico e honesto, porque o que diz de fato quem uma pessoa é, é quando ela escolhe fazer o certo quando ninguém está olhando. Vou fazer uma pergunta indiscreta a vocês homens: se sua cabeça de baixo é o que comanda sua vida e um belo dia por má sorte do destino, você sofre um acidente, que Deus ajude que nunca te aconteça, é só uma hipótese, e você perca sua piroca, sim, você não entendeu errado. Você continuaria vivendo, ou se mataria porque não tem mais uma piroca, sim eu viajei nas estrelas com este raciocínio, mas eu digo isso para você parar de justificar as safadezas e seu caráter duvidoso culpando sua cobra, ela não raciocina, mas você sim. Sócrates é homem e pensa, piroca é um órgão irracional, logo Sócrates raciocina e a piroca não.


Se você escolheu uma relação estável, com exceção do poliamor e dos relacionamentos abertos, lembrando que para estes exemplos, ambos têm direito de sair com outras pessoas, vejam, não existe poliamor e relacionamento aberto só para um lado da relação, tem gente por aí que escolhe este tipo de relação e acha que pode sair  com todo mundo, mas o parceiro não pode, isso é machismo de alto calão, respeite, se não é capaz de ter respeito pelo seu companheiro deixe o ir, pois assim a vida de ambos não estará acorrentada, e ninguém se sentirá injustiçado.
E como tudo na vida, cabe aqui mais uma vez a política da boa vizinhança: não faça com os outros o que você ficaria hashtag chateado se fizessem com você. É como a pimenta, vai arder no olho de qualquer um, porque pimenta é pimenta, certo é certo, justo é justo, e errado é errado, e me desculpe é bem diferente de me perdoe, e o não é nada disso que você está pensando, não existe, porque eu vi com os meus próprios olhos que a terra há de comer.

terça-feira, 11 de abril de 2017

O Monge e o Executivo em formato de peça de teatro: Melhor Impossível!



Olá meus queridos, vou compartilhar com vocês, compadres e comadres, uma bela experiência que eu vivenciei na sexta-feira da semana que passou. Tive o prazer de ir assistir à peça do melhor livro de todos os tempos: O monge e o executivo. Seria um pouco injusto eu dizer que este é o melhor livro que existe, porque eu não li todos os livros do planeta. Porém, dos que eu li eu tenho certeza, que tanto o livro 1 quanto o 2, são livros riquíssimos, e acredito que eles são como manuais de vida, se todas as pessoas lessem e colocassem em prática um terço das lições que o livro prega, teríamos um mundo mais Justo, mais empático, e mais solidário. O livro para mim foi uma lição de vida, de autoconhecimento, de respeito, empatia e etc, se eu soubesse que aprenderia tanto apenas lendo, teria feito muito antes.

Ao ler o título do livro muitas pessoas pensam que se trata de liderança apenas na questão empresarial, ou corporativa, mas não, a liderança que mostra o livro, é a liderança da nossa própria vida, e de nossas relações. Pois quando estamos capacitados a liderarmos as mesmas, somos aptos a lidar com qualidade de todos os outros setores de nossa vida.


Quando eu soube que teria uma peça baseada em todo este manual de vida, eu realmente fiquei curiosa, porque o livro gera muita introspecção, achava que seria um desafio enorme transformá-lo em peça de teatro, fui conferir, e descobri que fiz uma excelente escolha, saí de lá me sentindo renovada, uma pessoa mais leve, melhor, e com mais fé na humanidade.
Fiquei surpresa, feliz, e emocionada com a escolha dos atores, por eles terem aceitado o desafio, pois sim, fazer esta peça, mesmo para um ator muito experiente, seria sim um desafio, já que o livro causa muita reflexão. Eles teriam que fazer de uma forma para prender a atenção do público sem que o assunto ficasse maçante, pesado e chato, pois refletir cansa, e muitas pessoas desistem do autoconhecimento porque é um trabalho árduo, que representa um poço sem fundo, quanto  mais cavamos em busca do tesouro dentro de nós mesmos, mais descobrimos que não cavamos nada, e que talvez nunca encontraremos o tesouro, porque a busca de nós mesmos não tem fim, porque a vida vai muito além do nosso corpo como matéria, da nossa cabeça, e da nossa alma. Porém é árduo perceber para muitos, que a nossa felicidade ou o contrário dela varia muito de acordo com as nossas relações interpessoais.

 















O que eu gostaria de dizer neste texto, é que eu fico muito feliz de saber que têm pessoas escrevendo para nos ajudar nesta busca incessante por nós mesmos, no caso o autor do livro, James Hunter, saudoso, James Hunter. Que nos ajuda a sermos pessoas melhores em nossas relações, conosco e com nossos queridos irmãos, aqueles que amamos e aqueles que nos esforçamos para amar, nas nossas e vossas limitações. E fico mais contente ainda, de saber que tem diretores como o diretor da peça, que suou a camisa para fazer um plano acontecer e sair do papel, acredito que tenha sido um desafio, e aos atores que fizeram o magnífico trabalho de dar vida ao projeto. Percebi em toda a peça, que eles abraçaram a camisa, dava para sentir a energia e a paixão no que estavam fazendo, eu não consigo imaginar os personagens do livro diferentes daqueles rostos que eu prestigiei no teatro, pessoas ricas de sensibilidade, eu me arrepiei em diversos momentos porque senti toda a energia transferida por aqueles atores fabulosos que estavam ali fazendo apenas seu trabalho, para alguns espectadores, mas para mim não, eles destilavam emoção, alegria, e sim, acredito que eles estavam vivendo ao apresentar o espetáculo a busca pelo autoconhecimento que todos nós buscamos.


No final da peça, um dos atores interagiu com o público, falou belas palavras de fomento a paz, respeito pelo próximo, falou da importância do sorriso, que o mesmo contagia. E falou algo que me chamou muito a atenção. Que quando as pessoas brigam elas têm a tendência em aumentar o tom de voz porque ao gritarem os corações vão se distanciando, e para chamá-los de volta as pessoas gritam. E que quando estamos amando, falamos bem baixinho porque nosso coração está perto do coração do outro. Achei muito linda esta mensagem, porque eu sempre achei que quando as pessoas brigam e gritam, mesmo que tenham razão, elas a perdem, pelo fato de começarem a gritar, mas percebi que elas gritam mesmo, porque querem que o coração retorne ao seu devido lugar, ou seja, dentro de nós, como o ator mencionou, achei esta reflexão muito pertinente.
Gostaria de convidar, você caro leitor, para prestigiar a peça, eu terei a felicidade de assistir mais uma vez, porque acredito que a peça assim como  livro é o manual de cabeceira, toda vez que abrimos o livro tem algo novo a ser desvendado, algo que passou desapercebido, e a peça também, se ela for apresentada uma, duas, três vezes, é imprescindível estar lá para acompanhar e fomentar o trabalho de pessoas tão sensíveis, que tiram seu tempo para passar uma mensagem de paz, respeito e alegria para um mundo tão insensível.



terça-feira, 4 de abril de 2017

Sim, eu tenho um terapeuta, analista, psicólogo...!


Hoje eu vou falar sobre aquele anjo em forma de gente que em algum momento bate as asas e vem parar na nossa vida: eu falo do terapeuta, analista, psicanalista, psicólogo, coach e etc.
Mas comadre, terapia é coisa de gente doente das ideias, maluca da cabeça, doente do pé. Eu não preciso de terapia, porque eu me conheço muito bem, acho que ter um terapeuta ou gastar dinheiro para alguém te ouvir é coisa de gente carente afetiva.

Bahhh, sim, você não leu errado, todos os dias é possível escutar pessoas falando coisas deste tipo. O que eu posso fazer é só lamentar, como em pleno século XXI tem tanta gente ignorante.


Primeira coisa, nossa vida é composta de vários níveis: nível emocional, nível espiritual, nível físico, nível psíquico, estou falando de acordo com minha percepção, pode ser que eu erre os termos, amigos que estudaram a vida inteira estes conceitos, me corrijam se eu estiver errada. Acredito que um ser humano pleno, é aquele que tem o equilíbrio de todos os níveis. Nós seres mortais temos diversas lacunas no muro da nossa vida. Desde que fomos concebidos, desde a barriga da nossa mãe carregamos marcas mais profundas do que imaginamos.
Ninguém é cem por cento sem trauma algum, e totalmente bem resolvido, porque somos de carne e osso mas temos coração.
No decorrer da nossa vida encontramos muitos tipos de pessoas, diferentes, parecidas, mais ou menos complexas que nós, mais ou menos traumatizadas que nós, e mais ou menos resolvidas que nós.


Estatisticamente falando, isso não sou eu que digo, é a ciência. Todas as pessoas precisam de terapia, se formos colocar isso de fato ao pé da letra, nós precisaríamos sair na barriga da nossa mãe e irmos resolver questões herdadas e coisas perturbadoras que sofremos quando estávamos aconchegados no ventre de nossa mãe. Pena que isso não é possível porque ainda não sabemos falar para expressar em palavras e através da comunicação o que sentimos.
O problema é que as pessoas são tão autossuficientes que elas acham que isso não é importante e que elas não precisam de auxílio, que isso tudo é bobagem, patifaria, besteira e coisa de gente desequilibrada. Sim, você pode ser feliz sozinha(o), e sim, você precisa interagir com outros seres humanos, mesmo que seja um terapeuta, você precisa de outrém, tanto que precisou que alguém te parisse para você nascer, e precisou que alguém batesse na sua bunda para fazer você descer para terra e viver, chorar e vir ao mundo depois de nove meses de espera.



Vou mandar abaixo uns exemplos que vocês, meus queridos compadres e comadres vão conseguir identificar ou lembrar de alguém que já passou pela sua vida com estas características.
Julião é um ótimo profissional, ele é pós doc em letras, é super inteligente, e já conheceu e estudou culturas de 10 países, pensa num bagual inteligente? Você fica admirado com a versatilidade de comunicação de Julião, o bicho tem mesmo bossa para coisa, ele escolheu a profissão correta para seu perfil. Mas o mais engraçado é que ele sempre está sozinho, Julião não tem amigos porque ele humilha as pessoas que se relaciona, compete com elas, sempre quer ser superior, e sabe a comadre humildade? Passou bem longe de Julião e nunca mandou lembranças.
Julião, obviamente que é um exemplo hipotético, mas com certeza você aí, lendo este texto já deve ter conhecido pessoas assim como ele, são aquelas pessoas que tem uma carreira excelente, nível acadêmico esplêndido e fabuloso, mas nota de habilidade social e empatia para com o próximo: zero. Você acha que terapia ajudaria Julião?
Sim, pois um terapeuta faria Julião ver que ele precisa dos outros, que você ser um profissional de sucesso é importante, mas você ter pessoas que você espelha, influência,  que te admiram e que te amam por perto faz muito bem. Talvez Julião demore para perceber que sua inteligência emocional é limitada, que quando ele conversa ele destila falta de humildade, é prepotente e arrogante,  talvez ele ache que não precisa de terapia, nem precisa interagir com outras pessoas, direito de Julião. Afinal, quem precisa de outros seres humanos se nascemos sozinhos e morreremos sozinhos?
Lá na rua onde eu moro tem uma moça chamada Gatita, Gatita é uma moça simpática e tem muitas amigas, Gatita têm ótimos relacionamentos interpessoais e é uma pessoa bem sincera, sabe lidar com as outras pessoas e é sempre muito assertiva nos seus feedbacks, está na cara que Gatita tem a inteligência emocional muito evoluída, porque ela sempre resolve seus conflitos de forma muito democrática, é honesta e um ótimo ser humano, mas Gatita ainda não se encontrou profissionalmente, ela pula de galho em galho, tem vários cursos e experiências, mas talvez seu nível acadêmico esteja um pouco limitado. Gatita tenta nutrir sua carência acadêmica buscando alimentar sua alma com boas ideias e pensamentos enquanto interage com outras pessoas, porque ela acha que se relacionar faz com que ela seja um indivíduo melhor e sempre tem muito a aprender com os outros.
Um ponto importante em relação a Gatita é algo que acomete muitos na nossa sociedade, quantas pessoas você conhece que se encontraram profissionalmente e amam o que fazem? Quantas pessoas você conhece que trabalham só para poder pagar contas e se divertirem com os amigos no final de semana? Durante a semana ligam o automático para aguentar o tranco da vida, vestem a carapuça de trabalhadores e no fim de semana tiram todas as máscaras para poderem ter a oportunidade de serem quem são, sem amarras, sem julgamentos. Mas olha que injustiça, a pessoa só pode ser ela mesma dois dias dos 7 da semana. Cadê o sentido da vida? Mas Gatita sabe a importância da terapia e sabe que muito em breve ela saberá o que a completará profissionalmente falando, porque mais importante do que não saber o que quer ser, é buscar e procurar saber, quem procura acha.
Estes são apenas exemplos de pessoas que têm dois níveis bem definidos na vida: inteligência emocional e inteligência profissional ou intelectual. Pode ser que as pessoas pouco se importem com isso, mas no fim das contas sempre parece que tem algo faltando.


Inteligência emocional é a forma empática de se relacionar com nossos semelhantes com qualidade, é saber resolver conflitos sem sair da linha e com paciência, respeito e educação, é tratar o outro da forma que você gostaria de ser tratado, não ser egoísta e pensar só no próprio umbigo.
Inteligência intelectual é algo que a partir do momento que o ser sabe o que ele quer ser como profissional, só depende dele para obter crescimento.
Educação e estudo são as únicas coisas que ninguém pode tirar de nós, além da nossa dignidade é claro, é aquela pessoa apaixonada pelo que faz e que contribui positivamente com a humanidade devido ao conhecimento que adquiriu, com exceção de alguns que são tão egoístas que não compartilham aprendizado com ninguém, você já conheceu alguém assim? Aquele professor que parece que não quer dividir o que sabe?
Inteligência espiritual, acredito eu, que seja o nível mais complexo de se conquistar e mais importante também, penso que somos muito mais do que carne e osso, o plano que vivemos em terra é um plano material, nosso corpo é nosso automóvel que nos carrega para onde vamos, porém nossa alma poderá ir para planos jamais imaginadas quando estivermos a 7 palmos do chão, somos seres cem por cento energéticos e complexos, e cuidar da alma é o que tem de mais importante na vida apesar de as pessoas acharem que isso é bobagem, o nosso corpo lança energia o tempo todo para o universo, e a nossa alma sofre as consequências da energia lançada.


Há aqueles compadres e comadres que só se preocupam com o nível físico, que acham que corpo é tudo, porque são admirados e conseguem prestígio com o corpo que conquistaram com o treino da academia ou atividade física para cultuar o corpo e o ego que escolheram, mas minha pergunta é? De que vale um corpo saudável se o conteúdo interno é lixo. Meu povo, eu não estou dizendo que cuidar do corpo é banal, muito pelo contrário, eu estou falando daqueles que só se preocupam com o corpo e destilam podridão interna. São pessoas totalmente sanguessugas emocionais e abusivas em seus relacionamentos.
O que importa de fato é que haja um conjunto entre todos os níveis, pois aí sim há aqui um ser humano completo.
Onde é que entra o terapeuta nessa viagem toda?
Mas comadre, vou pagar para uma pessoa me ouvir?
Isso é muita carência afetiva.
É aí que você se engana, o terapeuta te faz refletir sobre coisas que você normalmente não pensa, te faz enxergar facetas que você não vê. E te mostra caminhos que você desconhece. Quando você está vendo uma bola de frente você não enxerga todo o restante da circunferência. O profissional te ajuda a enxergar as outras faces do círculo que você nem tem noção que existe dentro de você.
É uma pessoa neutra frente a um problema seu, porque não tem nenhuma relação afetiva com você, apenas profissional.
Não é você mesmo que percebe que as vezes um amigo de um amigo seu está com um problema e você aconselha super hiper mega bem, como se fosse um profissional de conselhos?  E ainda se pergunta: por que eu ajudo tanto os outros, mas não ajudo a mim mesmo?
A resposta está no seu nariz. Porque quando você é uma pessoa neutra frente a um problema, você enxerga coisas que os outros não enxergam, a mesma coisa acontece com o analista.
Vamos ressignificar esta coisa que terapeuta é coisa de gente desequilibrada, terapeuta é coisa de gente que se gosta que quer se equilibrar e se estabilizar na vida.
Nossa vida é instável, viver é complexo, é uma montanha russa de emoções, é difícil, a gente as vezes se revolta e se questiona por que e para que viemos, talvez a gente descubra, talvez não, mas não podemos parar de buscar a resposta. Os problemas, as energias ruins, e tudo mais, existem, a sombra também, eles aparecem para nos desestruturar, mas a partir do momento que nossa alma está estabilizada podemos resolver qualquer questão sem pirar, e com certeza um profissional sempre pode ajudar e facilitar. Você não vai para academia para ter saúde? Não vai no gastro quando tem dor de estômago? Por que as pessoas só se importam em cuidar da dor física?
Se você não tem um analista, um terapeuta, coloque o preconceito de lado e procure. 
- Mas comadre, eu não tenho dinheiro.
Pois bem, realmente isso é delicado mesmo, mas se você tem plano de saúde, pode procurar terapeutas que atendam seu plano, se não tem, há programas filantrópicos e profissionais que fazem voluntariado em vários lugares, pesquise na sua cidade e busque. Mas triste que não ter um terapeuta é passar a vida sendo ignorante e com a alma pobre, não seja mais um por fora bela viola e por dentro pão bolorento, estes tipos de pessoas o mundo está cheio, não basta só ter boa intenção e mostrar só o externo, não vivemos só de boas intenções, pois delas o inferno está lotado. Sejamos céu, e luz na vida de quem cruza nosso caminho e luz da nossa própria vida, o resto a gente conquista.