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terça-feira, 3 de outubro de 2017

Viver dói!


Viver tem sido um tédio, principalmente quando se percebe que a felicidade esta nas relações e na reciprocidade, reciprocidade até mesmo em relação a nós mesmos. Se até você se rejeita e não te quer, quem vai querer?
Porém isso é mais complexo do que parece, muitas vezes nos queremos bem, mas quando queremos alguém que não nos quer, dói, mas dói fabulosamente.
A vida nos proporciona muita alegria, mas para chegar neste ciclo temos que passar por muita dor, a verdade é que se não dói não serve. Meus queridos, porque tem que doer para ser feliz?
Ainda você escuta sua vó dizendo: - meu filho, você é novo, tem muita vida pela frente, você pode saber hoje tudo que eu não fazia ideia na sua idade. Isso machuca também que jesus me abane.

Isso serve para coisas simples da vida, não existe fórmula mágica, exemplos: você quer ter um corpo escultural, não vai comer pizza, brigadeiro e mc donalds todos os dias, se não comer de três em três horas e saudavelmente, não gastar um tempo se matando na academia, seu objetivo não será alcançado, pare e reflita, tudo, tudo mesmo, se não doer, não serve. Dói fazer dieta e passar vontade de comer o que gosta, dói correr 8 km em velocidade alta, dói carregar pesos em 4 séries de 15, dói a falta de dinheiro, por isso você trabalha, para não sentir esta dor, dói ver que sua calça preferida não te serve mais, por isso você vai comer direito e malhar, dói o resultado negativo do seu concurso, então você estuda mais. Isso tudo é lógica matemática, mas e quando as coisas doem, mas não estão no seu controle ou não dependem de você?


Quando você é uma pessoa deprimida na maioria das vezes o teu tesão pela vida esta lá no chão, você nem sabe porque está aqui e se questiona o tempo todo de qual a sua missão e que nunca faria falta, você se sente inútil porque acha difícil se divertir e gostar ou se interessar por alguma coisa, mas depressão nunca vem sozinha, eu costumava acreditar que quem sofre deste mal é porque carregou um fardo muito pesado na vida em n setores, o que caracteriza a doença como fortaleza ao invés de fraqueza. Mas não deve ser normal você se perguntar e achar que a vida é uma merda na maioria das vezes, sabe aquela rebeldia adolescente que nunca acaba? principalmente porque viver tem sido trabalhoso nível hard da estrela. Tem coisa que não depende só de nós, muitas coisas não dependem. Um exemplo importante é: quando você encontra alguém que te salva desta morte em vida, e te mostra que viver pode ser bom, e você nota que realmente sim, viver pode ser bom, e você planeja um futuro, para de querer morrer porque as coisas começam a fazer sentido, faz planos, e é recíproco, mas aí num momento depois de juras de amor a pessoa resolve ir embora, você passa a não fazer mais parte daquele futuro, e você se vê sozinho. Ao mesmo tempo em que tiraram você do tédio e do fundo do poço, te jogam lá pior do que quando você entrou.


Você aprende a encontrar sentido em algumas coisas, fica feliz por isso, percebe que você consegue ser feliz sozinho, pois não tem outra opção, se não é pelo amor é pela dor, percebe que a alegria é um estado de espírito que não oscila diante de maus acontecimentos, essa é a lição desta perda, percebe que a pessoa não foi tão boa para você, não o suficiente, ela arrastou sua cara no asfalto, você vê que aquela relação era abusiva, tri, essa percepção é libertadora, mas o que era bom, era muito bom, e a pessoa já está e outra dimensão e você esta ali, na merda de novo. Você foi rejeitado pela pessoa que você mais queria que te acolhesse. Ela ainda te diz que vocês não dão certo, que algo faltava na relação por isso ela cometia erros, e você sente mais libertador ainda quando percebe que você esta certo ao pensar que se falta algo na relação que a faz fazer coisas erradas devido a tal falta, o que falta mesmo é algo nela, o inferno é sempre o outro já notou? É fácil culpar alguém para justificar seu vazio,  Você faz mais umas 10 tatuagens gigantes para transferir a dor, porque sente que sua cabeça vai explodir e seu coração vai sangrar até você morrer, mas lembra da sua mãe dizendo que ninguém morre de amor, pode ser que não, mas amor ferido envelhece, bem não faz.


Você se olha no espelho e se vê 10 anos mais velho do que está por conta do cultivo dos maus pensamentos ou do pensamento osmótico naquela mesma pessoa que não aguenta mais, tudo isso só serviu para te envelhecer, veneno que você mesmo escolheu beber, e te custou sua beleza e sua juventude, e o pior, sua saúde, você se olha no espelho dá vida, e pensa que ainda há tempo, que você precisa da sua beleza que vem de dentro para fora, mas o que está fora é seu cartão postal. Você pensa em morrer para se livrar do problema, mas aos prantos não faz porque não tem certeza que se partir o problema vai com você ou não, começa imaginar seu velório, quem estaria nele, a raiva e a dor que causaria nos seus queridos, mas você pensa que daqui a dez anos ninguém nem vai lembrar que você existiu, ou se lembrarem se lembrarão com desprezo ou pena, você decide ficar vivo para saber como a história termina, mesmo sabendo que não serão os mesmos personagens.


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