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segunda-feira, 27 de março de 2017

Carta de Recomendação de ex!

Você se recomendaria ou o(a) recomendaria?


Neste texto vou falar sobre um assunto muito curioso e ao mesmo tempo intrigante.
Imagina se pudéssemos recomendar aquela pessoa que já se relacionou conosco, tanto em contrato trabalhista, no caso seu chefe, ou chefes, caso tenha mais de um, como também contratos afetivos? Por que só o funcionário tem que ser recomendado? Não tem uns chefes por aí que jesus me abane? Você escolheria como chefe um cara grosseiro, que te diminui e caga na sua cabeça na frente dos seus colegas, não paga salário referente as suas funções e ainda atrasa seu salário? Pois bem, recomendações deveriam ser para todos.
Carta de recomendação trabalhista existe e já é manjada, mas normalmente o funcionário recomendado frequentemente tem a cartinha, outros não têm porque o chefe é melindroso e não quis dar, porque considera o funcionário como um filho que o abandonou, o afrontou, deixando sua empresa querida, e profissional, para o funcionário sair é praticamente um divórcio além de um término de contrato. Tem aquele funcionário que não conseguiu a cartinha porque deixou a desejar, e a negaram, ou aquele distraído que saiu e esqueceu de pedir, barbaridade, mas isso acontece.


Agora imagina compadres e comadres se tivesse carta de recomendação ou não recomendação de ex?
E fosse como um documento obrigatório para iniciar um novo relacionamento, algo como um RGR (Registro Geral de Relacionamentos) e todos são obrigados a ter este documento para poder ser um cidadão de bem, tipo um título de eleitor, um protocolo necessário para poder tirar passaporte, visto para países e etc. você vai no mercado e te perguntam:
- Quer sacola? E.. Por favor, me passa seu RGR para ver se seu status está bom para descontos.
Seria algo mais ou menos assim: fulana, 35 anos, é dedicada demais ao relacionamento, mas é um pouco devagar para trazer grana para dentro de casa. Nunca para em serviço, porque nunca gosta do chefe.  O sexo é bom, mas aos domingos não gosta de ser acordada para ter relações, fica de mau humor se isso acontece, só funciona neste sentido após as 15 horas, quando contrariada fica violenta e atira objetos de vidro. Para acalmá-la jogue almofadas e bata a porta, mas fique em silêncio. Fraca com bebida, sempre dá PT. Estatística da pessoa (EP): 60% excelente.
Beltrano, vive com a libido nas alturas, se dependesse dele viveria de sexo, se você não for fogosa, não dê continuidade a esta relação, pode ser um relacionamento quase que abusivo. Cozinha bem, sua especialidade é feijoada, mas tem um problema, sofre de gases após as refeições, se você não o deixar à vontade sofrerá as consequências. EP: 70% excelente
Fulano, gosta das loiras, 15 anos mais novas que ele, apesar de preferir garotas mais novas, não consegue ser fiel, e vive pulando a cerca, quando é pego com a boca na botija ele sempre profere a frase enquanto coloca a mão na cabeça: -Não é nada disso que você está pensando.
Não espere ele vir atrás, quando você chegar em casa ele já pediu para retirar seus pertences e sumirá sem deixar rastros. É rico, empresário de sucesso, mas não vale a merda que o gato enterra, adora uma sacanagem. (EP): 5% excelente.
Fulana é uma moça boa, o único defeito é que adora ralar cocha no forró, mas não se preocupe, ela só dança, não faz nada além disso. Gosta de dar risada e falar de coisas sem sentido, é meio maluquinha as vezes mas tem um bom coração, detesta homem safado, mas eles a adoram. Trabalha direitinho, gosta de animais e de tomar sorvete. Fuma cigarro quando está nervosa, mas isso nunca será seu vício. Gosta de sexo com amor, se não prefere seu vibrador, sexo casual, só se for com bagual, então não, isso nem pensar. Seu defeito é que quando fica ansiosa, fala sem parar e arranca o esmalte da unha. (EP): 90% excelente
Ahh e tem o Paco, namora uma gata, uma guria super boa pinta e interessante, mas ele vive atrás de rabo de saia, porque tem homem que tem tesouro em casa, mas gosta de revirar o lixo, tem gente que tem que perder para valorizar, é dedicado no trabalho mas não é homem de uma mulher só, pena que a gata não sabe disso, pobre coitada, você ai, se encontrar com o Paco, atravesse a rua. (EP): 3% excelente.
Tem a Nikira que gosta de namorar meninos e meninas, ela é uma moça bem sincera, tão sincera que chega a assustar, se quer conhecer alguém verdadeira dê oportunidade a Nikira, ela e uma artista, desenha super bem e toca 4 instrumentos, adora fazer um luau, mas não curte ir pro fogão, nunca consegue emprego bom porque artista é pouco valorizado no Brasil, uma pena, porque ela é uma estrela, mas acredite, Nikira é uma mulher querida. (EP) 98% excelente.
Ahh tem o Ritópilo, este cara é um cara intrigante. Ele sai com várias mulheres ao mesmo tempo, vira praticamente uma morsa fixa. Mas comadre, o que seria uma morsa fixa?
Seria aquele ou aquela que você come com frequência, dorme de concha as vezes, mas vocês não passam de amigos coloridos. Se um cobrar o outro para ter outro tipo de relação, tipo um namoro, ficam com raiva e correm ou somem como o diabo corre da cruz. Homens que somem após o sexo? Imagina, isso quase nunca acontece. Ritópilo é aquele tipo de cara que não quer relacionamento, ele deixa subentendido, mas não tão claro, te leva para conhecer a família e você até acha esquisito, pensa que está entrando numa relação estável, mas aí do nada ele some, e dá um de João sem braço. Fique com Ritópilo se estiver a fim de sexo casual, mas saiba, este cara não é bagual, se você o pressiona ele diz: não tenho tempo para namorar, estou focado no trabalho, mestrado, minha vida está corrida, preciso de mais de 24 horas por dia para fazer tudo que preciso. Você não sabe ao certo como Ritópilo é em sua carreira, mas pelo que ele fala você acha que ele é um workaholic. Se eu pudesse dar um conselho ao compadre Ritópilo eu diria: meu querido, sua vida seria muito mais fácil se você dissesse o que sente e parasse de dar tantas desculpas, fale a verdade, é mais fácil para todos, inclusive para você. (EP) 15% excelente.



Deixando os exemplos estatísticos a parte, seria tri legal você saber a nota que outras pessoas deram para aquele ou aquela que roubou, ganhou, exaltou, admirou, preencheu, ou deixou um vazio no seu coração. Ninguém é obrigado a nutrir um sentimento eterno por nós, mas tem a obrigatoriedade sim de nos presentear com honestidade e verdade.
Talvez assim as pessoas seriam mais verdadeiras e honestas com as outras,  responderiam as perguntas com verdade, e jamais deixariam o outro sem resposta, tem coisa mais indelicada, mal educada e grosseira que deixar alguém sem resposta? como  você se sente quando faz uma pergunta e não te respondem, ou quando faz uma entrevista de emprego e não te dão um retorno. pois bem, já que não podemos esperar muito de algumas pessoas além de migalhas, sejamos então o banquete. Não precisamos pagar um filho da puta com filhaputagem, faça o que sua consciência te deixa em paz e feliz. Dar notas às pessoas que participaram do nosso passado seria tipo o feedback que damos ao motorista do Uber com exceção de alguns, é claro, que fazem o serviço 5 estrelas para terem boa nota e as pessoas querem fazer negócio/novas corridas com eles. Para os relacionamentos seria muito sensacional se fosse assim, acho que as máscaras cairiam rapidinho ou talvez nem existiriam. 
Daí você aí comadre, que adora um cara biscate, vadio, e você aí compadre que gosta de uma galinha de batom, não vai poder dizer que mamãe não avisou, porque a nota está no seu nariz, as características pertinentes estão nas suas mãos, compete-se escolher se você quer ser um besouro que rola na bosta e gosta ou se você quer gostar de alguém que realmente valha alguma coisa, pois se conselho e opinião alheia com nota te interessa, não culpe os outros por suas escolhas tortas.
Se conselhos fossem bons de serem escutados venderiam no calçadão, mas há verdades que a gente prefere não acreditar e mentiras que preferimos ignorar, e aí vai encarar?
Será que ex bom é mesmo ex morto?



terça-feira, 21 de março de 2017

A instrumentalização dos afetos!

Por que é proibido sentir?



Se tem um assunto que intriga muitas comadres e compadres é falar de sentimentos. Há aqueles que dizem que mulheres são mais sentimentais e homens mais racionais, já tem erro na jogada, generalizações e extremismos nunca fizeram bem a ninguém.
A questão é que as pessoas têm a mania de evitar o inevitável. O cara acabou de terminar um relacionamento e já coloca como missão: não vou namorar tão cedo, não quero problemas, vou focar em outras coisas, mas aí na fila do mercado, ele conhece aquela, aquela que faz cair por terra todos os planos e o faz dar um tiro no pé.
Relacionar-se é algo fácil?

Nunca foi, nunca é, e nunca será, primeiro porque você está lidando com alguém diferente de você, segundo porque você precisa aprender a lidar com este ser diferente de forma assertiva e democrática, terceiro porque você não é dono do outro, segundo porque o outro tem vontades e razões diferentes das suas, quarto porque o ser humano é complexo, e se você consegue lidar com outro com qualidade, você é especial. Não se trata só de relacionamentos afetivos, diz respeito a todos os tipos, independentemente de suas vertentes.


Sentimento é sentimento, razão é razão, é como água e óleo, não se misturam, a razão pode ser parecida com a mãe do coração que sempre dá conselhos que o filho muitas vezes não quer escutar, e só aprende depois de quebrar a cara.  Mas quando o coração resolve mandar, não tem razão que resista. Sabe aquele dedindo na tomada? Só aprende que não pode, e que machuca depois que leva o choque.
A questão é que as pessoas têm tanto medo de experimentar o sentir, que elas passam a acreditar que a razão, e só ela, aquela científica, é que toma as rédeas da vida.
A intensidade, o frio na barriga, aquele papo olho no olho, a energia alheia foi substituída pelos amores de aplicativos, e a conformidade foi concretizada. O afeto virou instrumento de consumo, e pegar se tornou mais importante que se apegar, a quantidade vale mais que a qualidade, o sexo virou mecânico, a conformidade assumiu o comando das relações, o está ruim, mas está bom ganhou vida. Somos bilhões de pessoas no mundo, todas elas são diferentes de nós, algumas parecidas, com histórias parecidas e valores parecidos, mas a razão precisa ser a mãe, isso é obrigatório, porque sentir as vezes pode machucar, e dói.
 Tem dor maior de ser enganado, machucado, ferido, deixado? Talvez seja porque o coração sangra muito mais do que a razão. Um coração partido pode levar uma vida para cicatrizar e quiçá ainda assim morra sangrando deixando marcas na alma. Você aí que trata os sentimentos dos outros como frescura e nada além de banalidade, acorda, o mundo é sensitivo e energético, e o planeta terra não gira em torno do seu umbigo egoísta, pare de tratar seus afetos e os dos outros como um produto com direito a obsolescência programada, que foi feita para não durar, que você compra no mercado, como uma lâmpada, por exemplo.


Ah, mas ninguém se importa com sentimentos, as pessoas querem mais é viver o momento e amanhã não precisam lembrar mais. Que coisa ridícula este lance de dormir de concha, que pieguice barata.
Esta fala tomou conta das relações interpessoais, porque as pessoas falam com boca cheia de mágoas que o coração carrega. Falam isso porque se conformaram e têm medo de experimentar ser feliz de novo.
Por que ninguém assume para o companheiro ou ser que está se relacionando que trata afeto como objeto? Por que as pessoas não conseguem falar a verdade?
Seria esta a geração da síndrome do Pinóquio mascarada.
Por que se declarar para o outro, ser carinhoso, dizer o que sente virou pieguice barata e sinônimo de fraqueza? Por que não tratamos seres humanos como seres humanos?
Para quê viver desta forma? Porque tratar seu semelhante como um objeto de consumo, você se sentiria feliz em saber que foi usado e nada mais?
Um afeto nunca pode ser tratado como instrumento porque ele não é material, afinal de contas você trata um cavalo como uma galinha?
Isso precisa parar, se os afetos não fossem relevantes todos nós faríamos sexo pelo aplicativo ou com bonecos de borracha. O problema é que boneco não pulsa, não sorri e não chora, mas isso é só um detalhe.

segunda-feira, 20 de março de 2017

A moda e sua semana mais chique de SP...

...e eu com minha humilde opinião.






Prestigiar o evento de moda mais famoso do Brasil não é para qualquer um. Mas deveria.
Eu não sou mais chique e nem mais fina, rica e poderosa que ninguém porque fui no desfile de um dos estilistas mais influentes do mundo da moda.
Primeiro que o SP fashion Week não é um evento democrático, e sim exclusivo, você só entra se for convidado, se for blogueiro famoso, expositor de marcas famosas, estilista renomado ou alguém muito bagual de fibra da área, alguém muito foda, PHD neste mundo ou coisas do tipo e etc.
Não é um evento para estudantes de moda e pessoas que simplesmente apreciam moda, e sim para a celebridade que aprecia moda, e profissionais da área ou afins.
E como você foi comadre? Quem fez a caridade de te arrumar um convite?
E por que SPFW não é democrático?
Respondendo a primeira pergunta: Não interessa de quem eu ganhei, este assunto não me interessa e não quero falar sobre isso, hehe, brincadeira, ganhei de uma amiga que é amiga do estilista famoso que citei aqui no início.
Quem é o cara?
É um estilista renomado brasileiro especialista em Beach Wear, com notoriedade no brasil e fora dele. O cara é bagual de fibra, é brilhante, tem talento, se não, não teria chegado onde chegou, tem uma loja na rua mais famosa e rica de SP em nível de moda, percebi a ousadia nas cores e formas, apesar de serem roupas de praia, a tabela começou com cores lisas com uma outra composição por cima do maiô, e depois veio mesclada com todas as cores da tabela. Mas o que eu mais gostei foi a escolha de uma das músicas, dentre todas a mais especial durante os 10 minutos de desfile foi a Alok, Bruno Martini feat. Zeeba - Hear Me Now. Quem está assistindo um desfile deste, não faz ideia de quanto suor e trabalho houve no backstage, foram horas de trabalho para 10 a 15 minutos de glamour, mas desfiles sempre valem a pena, e estar numa passarela traz uma adrenalina para quem cria, assim como para quem exibe a peça. Só quem já passou pela experiência talvez consiga explicar, mas é uma sensação tri bárbara. Para mim, que desta vez era só uma espectadora, eu senti emoção, senti alegria, tristeza e mais uma série de coisas porque a situação veio de encontro com toda a trajetória que eu já vivi.
O desfile estava glamouroso, cheio de gente chique, atrizes globais e pessoas que vivem no anonimato, que se morrerem amanhã, terão seus nomes esquecidos, assim como eu.






Quando você é convidado para um desfile você fica separado dos seus compadres que também foram convidados por grau de importância que você tem na moda, você realmente acha que isso é democrático?
Por exemplo: as famosas e atrizes globais ficam na fila 1, elas conseguem ver as texturas das roupas das modelos, as olheiras das modelos, e podem ficam reparando, coisa que quase não acontece na moda, afinal de contas, lá o ego não existe, foi uma ironia. A segunda fileira, chamado de B, são as pessoas um pouco menos celebridades que as celebridades, pessoas que têm algum grau de importância na moda. A terceira fila, chamada de C, depois D, são pessoas que precisam estar lá porque precisam, talvez lojistas, gerentes de grifes, coordenadores e afins. E a fileira E são do povo do anonimato, pessoas como: estudantes de moda que precisam entrar para engordar currículo ou por paixão mesmo, são pessoas que vão para o evento bem mais cedo, pedem na caruda o convite caso alguém tenha a caridade de ajudar um pobre estudante e oprimido de moda, fotógrafos desconhecidos e amadores, que conhece a prima da melhor amiga do estilista. E atrás da fileira E, acabou, são pessoas que ficam em pé porque não tem cadeira para elas. Você acha que estou sendo injusta ou você lembra dos senhores feudais e quem trabalhava para fazer com que os senhores comessem.
Democracia existe sim na moda, já participei e apreciei trabalhos lindos com intuito de melhorar nossa sociedade mesquinha, ou ajuda-la de alguma forma, mas não existe nos eventos de moda, como então as pessoas de moda podem ser democráticas?
Espero de coração que exista, porque somos únicos, e em todas as áreas tem gente esquisita e não esquisita.
Por que eu fui?
Porque cavalo dado não se olha os dentes, sou formada em moda, queria ver como está o mercado, se continua parecido ou mais evoluído que a época que eu era da área, se o estereótipo das modelos continua o mesmo da época que eu modelava, infelizmente sim, (vejam, nada contra as modelos, eu já fui uma, mas não concordo com o estereótipo anoréxico que a moda prega de uma forma ainda tão alienada).
Fui conferir também se ainda tem gente legal e de personalidade, se ainda tem gente que come frango e arrota peru ou usa calça de veludo mas deixa o cú de fora, e todas estas patifarias ou não patifarias que não precisa ser da área para saber ou perceber.





Moda para mim é nada mais nada menos que bom senso, se você não tem o estilo de corpo que fica bom naquele vestido, não use aquele vestido porque todo mundo está usando, ou só porque está na moda, ter personalidade é usar o que realmente fica chique e bonito para você, de bom gosto, e não usar o que todo mundo usa só para pagar de bacana, principalmente se não tem nada ver com seu tom de pele, seu cabelo, sua altura e seu shape de corpo.
O SPFW não é democrático, toda vez que eu entro em contato com esse mundo que muitas vezes já me deu preguiça, é que, não importa a faculdade que você fizer, se você não tiver pelo menos uma língua fora a que você já herdou do seu país, fluente, se você não foi para o exterior fazer intercâmbio ou você não conhece alguém do ramo para te indicar fica muito difícil conseguir entrar neste meio.
Tem inúmeras faculdades de moda no Brasil de uns 10 anos para cá. Todos os anos inúmeros profissionais entram para o mercado, não importa como você estudou, se você foi um aluno bom, o que importa é se você conhece alguém que conhece alguém para te dar uma oportunidade que pode ser perdida no primeiro erro de modelagem.
Por favor, sem generalizações, mas rara às exceções isso acontece sim, infelizmente.
Eu não estou fazendo este texto para criticar e diminuir a moda. Eu sei a importância que a moda tem na sociedade, eu sei o quanto uma etiqueta significa para algumas pessoas, mas para minha vida não, minha realidade é outra, tenho admiração pelas pessoas que chegaram no pico e conseguiram se manter no mercado, com dignidade, humildade, e profissionalismo num mundo tão cheio de ego e inveja.



Tenho noção e acredito que se vestir bem faz bem para nossa autoestima, é bom vermos pessoas cheirosas, bem vestidas, isso faz bem aos nossos olhos, acredito também que moda é comportamento, que podemos entender um pouco do mundo do outro pelo que ele veste, podemos saber que canções ele gosta de ouvir pela vestimenta, claro que algumas pessoas são incógnitas e mistérios que nunca desvendaremos se não conversarmos com elas. Mas acho perfeitamente possível se vestir bem sem gastar muito, e sem ostentar.
Porque afinal de contas a vestimenta interna vale muito mais do que a carcaça, pois ao mesmo tempo que a máscara cai, ao tirarmos a roupa ficamos nus. E não podemos esquecer que foi deste modo que viemos ao mundo.

Se tem uma coisa que nunca sai de moda é a atitude elegante e honesta independente do look que está usando, bem como ter conteúdo além da roupa que veste.

sexta-feira, 17 de março de 2017

Peitoral, pernas, costas, braços e abdômen definido?

O que gostamos mesmo é de quem tem os sentimentos definidos!


Quem não se encanta ao avistar um corpo bonito, e bem cuidado?
Não sejamos hipócritas compadres e comadres. É bonito de se ver sim, um bagual que tem asseio, não só da matéria que o transporta por aí, falo do corpo, como a carcaça que veste, falo da roupa. Nos chama atenção encontrarmos um indivíduo cheiroso, educado, bem vestido e com um corpo atraente. Se dançar forró então, nossa, encanta mais ainda. a gente até suspira e pensa: - bah, que bicho de futuro.
Mas acredito que isso tudo cai por terra quando a pessoa se mostra uma babaca e escrota, você rapidamente lembra daquela frase que seu pai dizia: por fora bela viola, por dentro, ô pãozinho bolorento!
O que seria uma pessoa escrota e babaca? Aquela que pensa diferente de você?
De jeito nenhum, pessoa escrota é aquela que não é honesta, que trata os outros como seu objeto, e que diante do seu primeiro erro ou defeito te dispensa igual papel, que não respeita que cada um tem seu jeito de viver e de pensar e que tem prejulgamento dos outros injustamente. É aquele que se importa com sua situação financeira, que fica de olho se você usa roupas de marca para ter uma ideia se sua conta bancária é gorda ou magra, que só se envolve com você se de alguma maneira ela puder te usar para conseguir o que quer, ou se encosta em você para subir onde quer chegar te usando como escada, que não te olha como ser humano, mas no que pode beneficiá-la.
Hoje em dia é muito difícil cruzar e trocar ideia com pessoas realmente especiais, vivemos num tempo maluco, os valores que nossos pais passaram uma vida para construir se tornaram obsoletos, coisas esquisitas e obscuras se tornaram normais e às vezes a gente para e pensa? O que é isso compadre? É sério mesmo que estou vendo isso? E fica embasbacado com certos tipos de comportamentos totalmente distorcidos do que é realmente ético.


As atitudes e as pessoas estão cada dia mais individualistas, os afetos viraram instrumento de consumo e estamos tratando pessoas como mercadorias. Sabe aquela criança que o pai dá tudo que quer e enjoa do brinquedo depois de uma semana que o mesmo foi adquirido? Isso poderia ser mais ou menos natural para uma criança, porque criança é imprevisível e precisa de novidades para não cair na rotina, precisa brincar, se desenvolver,  etc. O problema é que os adultos têm se comportado como criança, fazem birra, esperneiam e quando as coisas não são como querem, ou diante do primeiro defeito do coleguinha, jogam no lixo ou colocam de lado como um brinquedo que enjoaram, depois de um belo pisão de pé e empurrão, só não dizem que  estão de mal com você depois do flaicí-ciolá porque, este tempo já passou, mas uns até mostram a língua depois da briga ou discussão. Fazem joquinhos para manipular os outros e acham que isso é normal. Normal para quem? barbaridade... quantas vezes você não ouviu por aí indivíduos dizendo coisas deste tipo: - Não vou ligar hoje só para ela(e) ficar inseguro(a), ninguém mandou não me ligar ontem. Ou, vou chamar fulano para sair e vou desmarcar na última hora.
Diga se isso não é coisa de bicho sem futuro, imaturo, não dá para conviver com gente assim, idade mental? 5 anos.
A questão é que estamos lidando com pessoas, a diferença de um brinquedo e de um ser humano não pode ser comparada. Isso não tem fundamento.
O que tem importado não é o que eu sou e posso oferecer, mas sim o que eu posso mostrar para o outro que talvez eu possa oferecer. E não necessariamente as pessoas são elas mesmas diante desta postura, porque o objetivo principal de fato, é impressionar e nada mais, só que ninguém consegue segurar a máscara a vida toda.
As pessoas muitas vezes estão perdidas e não sabem o que querem, e quando são pressionadas para que definam o que querem se sentem encurraladas e escorregam igual bagre ensaboado. Acorda, quantos anos você tem? 12?
Por que dar desculpas esfarrapadas? Fale a verdade, mentir dá trabalho. E a verdade dói, mas liberta.


Não tem problema nenhum você não querer a mesma coisa que a pessoa que você está se relacionando quer, te juro comadre, você tem este direito, você tem total liberdade de não gostar do outro para ter um compromisso, o livre arbítrio é todo seu, é todo meu, não tem problema você e o outro serem pessoas diferentes, não tem erro em perceber isso, o que falta é que os sentimentos se definam e sejam explanados.
Não há problema nenhum você querer se relacionar com todo mundo ao mesmo tempo, desde que os segundos, primeiros e terceiros sejam comunicados, qual o problema em entender isso. Seria medo? Seria insegurança, ou seria gostar mesmo de tratar os outros como babacas?
Porque vamos e convenhamos, tem louco para tudo.
É importante lembrar que estamos aqui para nos relacionarmos com pessoas, não vivemos numa bolha sozinhos no mundo, precisamos tanto dos outros que alguém precisou te parir para você existir, então acorde, seu umbigo não é um planeta que faz parte do sistema solar, e nada mais, a realidade é que você é só um cisco de areia, que veio do pó e ao pó voltará, seu compadre e sua comadre também, respeite e será respeitado.
Defina quem é você, onde quer chegar e o que espera dos outros, seja objetivo, não espere que as pessoas adivinhem o que você quer e o que você pensa por medo de se expressar ou se expor. Se tivéssemos este poder, já estaríamos todos ricos, finos, poderosos, aposentados e tranquilos com a nova lei previdenciária.
Defina sim seu corpo, cuide dele com carinho, ele agradece, faça bastante atividade física, beba muita água, mais cuide do seu espírito e do que você quer e espera de você mesmo e dos outros, de nada adianta seu peitoral ser definido e você ser um ser humano indefinido.

sexta-feira, 10 de março de 2017

A arte da espera

Esperar...

A vida é uma eterna espera, se espera para nascer, mas há aquele compadre que é ansioso e sai antes da hora, aquela comadre que é preguiçosa e faz a mãe esperar para se vingar dos nove meses que esperou para sair, há espera para crescer, para brincar, para ganhar picolé, salgadinho, gelolate, pipoca e cachorro quente. Já dizia minha mãe, está com fome? Mata um homem e come, x salada é só no sábado, piscina só depois que lavar a louça e assim a vida segue esperando, esperar é mesmo um porre infinito. Regras não são para os miseráveis, é nesta hora, bem cedinho que aprendemos sermos adultos.
Se espera para ir para escola, se espera a melhor amiga visitar, a quadrilha da escola, se vestir de caipira,  a viagem em família no fim do ano, se espera o natal, para que algo nasça em nós além de jesus, e que tudo passe a ser diferente no ano que vem, mesmo esperando que tudo continuará igual ou parecido. Se espera completar 15 anos para fumar o primeiro cigarro e tomar o primeiro porre, e assim se vê que a expectativa foi a mãe da decepção. De tanto esperar  já chegou aos 18 e o disco voador, se espera decidir o que vai ser da vida aos 18 quando não se sabe nem onde a galinha mija, alguns sabem, mas poucos têm a sorte de saber. se espera passar no vestibular, a faculdade começar, acabar, num trabalho entrar. Num piscar de olhos, e num suspiro, bah, já são 25 anos de espera, de um emprego melhor, de comprar um carro, financiar um apartamento, porque 25 é o auge da estabilidade, só que não. Espera ser feliz enquanto se está ou é triste e vice-versa. Já dizia um compadre por aí: -com esta idade eu já tinha 12 filhos e uma vida feliz e estável, seu poço de incompetência. Ai você só encara o chão e pensa: -viva os fracassados. 
Mas aí se dá um auto chacoalho enquanto pensa: -espera, porque os últimos sabiamente serão os primeiros.


E na espera, e na vivência e nos aperreios entre diversão e sofrimento, chegou os 30, a gente se conhece mais, se acha imaturo aos 20 mas não 100% maduro aos 30, mas triste é trinta, é literalmente o cair da régua, mas calma, existe régua de 60 cm e a trena, para deixar a gente ainda mais feliz e otimista.
Se espera ser um ser humano melhor, bom, pleno, honesto e sincero. Se espera na fila do pão, na fila do mercado, e há aqueles que passaram anos e não aprenderam que a fila não se fura. Deviam cobrar multa para quem fura a fila da vida, de quem fura o coração, a canção.
A vida é uma eterna fila de espera, é a espera de alguém que se foi regressar, é a espera que o sofrimento termine, que a alegria seja infinita, que as sensações boas sejam eternas, mas as vezes a vida é uma nuvem cumulonimbus gigantesca nível hard da estrela na nossa cabeça, e só o que a gente tem que fazer é, esperar as coisas melhorarem, esperar a companhia perfeita, esperar o salário que não veio, esperar perder os quilos extras, esperar termos bons relacionamentos com aqueles que se importam conosco ou até os que não se importam, ou aqueles que temos estima e apreço.. o que não basta é apenas esperar sem agir, mas muitas vezes nem agindo fortemente a espera é válida.
A vida é uma eterna luta de autoconhecimento, autoestima, ego, ilusão, paixão, solidão e pão, amassado pelo diabo ou recém-saído do forno.
Quem disse que viver é simples, viver demanda tempo, paciência, perseverança, viver definitivamente não é para os fracos, a vida é única coisa no mundo que as vezes é uma merda e as vezes é céu, às vezes e luz e as vezes é sombra, quando não sobra de alguém ou para alguém.


A vida é eterna saudade, dos filhos que não vieram, dos netos que não conhecemos, dos amigos que não tivemos, de tudo que não conquistamos mas esperamos conquistar, é uma incessante luta para esquecer o que foi doloroso e esperar pela bonança. Muitas vezes não estando preparado para receber nem a minha miséria, quem dirá a do outro, viver não pode ser nada a mais que arte, nem bela, nem feia, mas complexa, quiçá têm coisas que não foram feitas para serem entendidas,  e sim para serem esperadas,  gozadas e vividas, afinal de contas...
Viver para quê?
Se a espera me parece devagar,  bem sei que é eterna, não há vida sem espera, dolorosa, uma linha torta, mas nunca morta.
já dizia minha avó, tudo pode estar morto dentro de você, mas a esperança, ahh minha comadre, mesmo estando tudo mais parado que água de poço ou mais agitado que cachoeira, a tal da comadre esperança é sempre a última que morre, querendo você viver seu luto ou não.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Você nunca vai conseguir!

Você nunca vai ser um piloto de avião, você é fraco, não tem saúde para isso, você nunca vai ser uma chiquitita, você não serve para isso, você não nasceu para esta profissão, você nunca vai ser magra, você nunca vai conseguir isso, você não vai ser modelo, você não é bonita, você não sai do lugar, você nunca vai conseguir prosperar, você não vai ser nada daqui dez anos, você não é inteligente, você não pode, você não vai, você não consegue.
Se você já ouviu algumas destas frases na sua vida, pare, inspire, expire e reflita. Isso não necessariamente é verdade. E você não é o único que escutou isso pelo menos uma vez na vida, seja sofrendo bullying na escola, seja dentro do seu aconchegante lar, no seu ambiente de trabalho, ou até dentro do metrô regressando para casa.
O problema é que quem nos profere estas palavras não tem ideia do quanto isso pode causar feridas eternamente profundas.
Ninguém tem o direito de dizer para nós que não somos capazes, apenas nós mesmos. Há coisas na vida que necessitamos da aprovação ou desaprovação dos outros, mas há coisas que dependem apenas e tão somente de nós mesmos.
O que é importante perceber ouvindo todas estas ladainhas, é que sabemos o quanto isso é doloroso e podemos aprender a não fazer isso com os outros. Pois isso causa fadiga e nos faz muito mal.
O respeito com nós mesmos e com os outros, nunca, isso sim, nunca vai cair de moda, e o bom senso para com nossos semelhantes também, todos nós nascemos e morreremos com aptidões diferenciadas e isso não quer dizer que somos piores nem melhores que ninguém, o que precisamos identificar são os relacionamentos abusivos onde estamos enfiados, independente se as relações são de amizade, familiares, sentimentais ou não. Quiçá você tenha ouvido de outra pessoa coisas negativas de você mesmo, e seguido de todos os defeitos que você escutou de você mesmo vem a frase: - só digo isso porque me preocupo com você, ou, quero seu bem.

Será? Será que quem quer o bem só exalta o que o outro tem de ruim?


Muitas vezes aquelas pessoas que nos diminuem só fazem isso porque isso permite a elas a fortaleza, mesmo que para isso tenham que diminuir os outros doa a quem doer, só cabe a nós pegarmos ou não pegarmos toda a negatividade e o pessimismo do outro. Há pessoas que destilam pessimismo por onde passam, e independente de onde você chegue e o que você conquiste sempre haverá alguém para te criticar, pois as vezes aquele que o faz não consegue nem um terço daquilo que conseguimos. Normalmente as pessoas que nos jogam este pessimismo são pessoas que estão paradas na vida e não tentam nada por medo do fracasso. Acho que o erro maior não é tentar algo por receio de fracassar, pior do que isso é não tentar por medo de fracassar.
O que podemos aprender com estas pessoas, que consideramos tóxicas, é aprender com elas a nunca diminuir ninguém porque somos semelhantes, seres humanos, limitados, egoístas e egocêntricos. Não temos o direito de tratar os outros como menores ou piores que nós e muito menos temos o direito de dizer a palavra nunca, e, você é incapaz. Não podemos nos basear nas nossas crenças limitantes porque cada um tem seu limite e seu conflito interno.
Se você, assim como eu, assim como seu colega já ouviu palavras tóxicas neste sentido, não se preocupe, talvez quem te disse isso injustamente, não tinha nada de melhor para te oferecer.
O mais nobre a fazer nesta situação é enfrentar esse seu compadre limitado, se você acha que não quer conviver com ele, não conviva, você tem este direito, se acha que você pode viver perto dele, conviva, o que de mais nobre você pode aprender é não fazer igual, e aprender a amar o diferente, pois seria muito fácil conviver com os semelhantes e aqueles que são parecidos conosco, que temos amor verdadeiro e pleno, o difícil mesmo é amar o que só oferece ódio, pessimismo e rancor, fazendo isso, aí sim você fará a caridade, não só para seu compadre, mas para você mesmo. Afinal de contas, quem ama o feio, bonito ele parece.