A pauta de
hoje é o papel, que já foi um personagem muito importante em eventos marcantes
das nossas vidas ao longo dos anos e marcou muitas histórias, uniu, incriminou,
deixou marcas, sinais e memórias. Ahhh que saudade das cartas que a gente
escrevia com muito esmero e que ficavam nas gavetas reais e na gaveta das
nossas memórias. No entanto conforme o tempo passa precisamos evoluir e
entender que alguns utensílios, de personagens principais poderiam passar a
fazer o papel de figurantes, pois nosso papel no mundo é realmente mudar de
mentalidade de acordo com as demandas dos novos tempos. Até porque de nada vale
uma carta de amor se os comportamentos não mostram amor, seriam apenas palavras
nas linhas de um papel...e ao vento...
A indústria do papel tem efeito bastante
negativo no meio ambiente pois o papel é prejudicial à natureza.
Arvores são
cortadas para que seja obtida a celulose, componente necessário para a
fabricação do papel. Ou seja, árvores precisam morrer e o desmatamento é um
termo bem demodê diante da ameaça climática que estamos vendo acontecer. Uma
vez que o oxigênio é roubado para essa produção, temos uma consequência
drástica, que é o aquecimento global. Fora isso há ainda o consumo exacerbado de
água para que seja produzido o amigo papel, e para piorar há ainda a geração de
resíduos bastante tóxicos fazendo da indústria do papel uma das mais poluentes
do mundo. Você já parou para pensar que papeis são usados por um tempo muito
pequeno se compararmos aos estragos que eles causam afetando vários fatores de
um todo? Como por exemplo: uso excessivo de bens naturais e consequências
lastimáveis para tão pouco tempo de uso.
Os papeis
são amassados e jogados fora com tanta facilidade e não reflexão que nossa
sociedade tem feito com as pessoas condutas tão descartáveis como os papéis têm
sido para nós, substituindo por novas folhas em branco para depois amassar e
jogar logo ali. Profundo não?
Precisamos
refletir sobre o nosso papel em todos os níveis para que façamos o uso do papel
com responsabilidade e para que entendamos nossa relação com o papel e nosso
papel nas relações.
Um relatório
da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado pelo TJAM (Tribunal de Justiça
do Estado do Amazonas), mostrou que o uso e a produção de papel têm importante
representação na economia assim como na sustentabilidade. Dados da FAO
(Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) em 2019,
apontaram que a estimativa de consumo mundial de papel era cerca de 55
kg/anuais por pessoa. O maior consumo de papel se divide entre China, Estados
Unidos, Japão e Europa.
O Brasil
produziu entre os anos 60 e 2016, 109 milhões de toneladas de papéis, sendo o
segundo que mais exporta celulose numa porcentagem de 70%.
Para se
produzir 1 kg de papel é preciso 324 litros de agua e 50% dos resíduos
empresariais são papéis.
Para que o
jornal de domingo do New York times
seja impresso é preciso 75.000 árvores.
Para que uma
tonelada de papel seja reciclada há a necessidade de 682,5 galões de óleo, 17
árvores e 26.500 litros de água. O uso de papel higiênico no mundo gera um
consumo de 22 bilhões de km.
Além do uso
severo de madeira para produzir papel há excesso de energia e água. Há emissão
de carbono afetando o efeito estufa e causando mudanças climáticas, já que são
utilizadas energias não renováveis advindas de combustíveis fósseis bem como
transporte dos materiais. Há ainda a utilização de produtos químicos que
contaminam o solo e a água. Fora isso tudo, muitos papeis têm destinação
inadequada indo para aterros e poluindo o solo.
Diante dessa
enxurrada de dados bombásticos é preciso fazer o uso consciente do papel. Ações
pequenas como usar os dois lados da folha quando for imprimir algo, usar papel
reciclado que já vem de reutilização de resíduos, receber contas através de
meios eletrônicos ao invés de impressos.
Você sabia
que o bambu, a folha de bananeira e o cânhamo são materiais sustentáveis que
podem ser usados para fabricar papel? Ambos crescem facilmente sem a
necessidade de herbicidas ou pesticidas ou excesso de água para que cresçam,
sendo boas alternativas para substituir arvores convencionais normalmente
usadas para fazer papel.
Fungos
também podem ser considerados boas fontes de celulose e já são usados em alguns
locais do mundo podendo ser cultivado até dentro de casa.
Então,
diante desses dados e alternativas, cabe a nós modificar nossa mentalidade,
pois não viveremos eternamente para ver aquele papel que destinamos errado ou
nos excedemos no uso ser decomposto, mas novas gerações estarão aqui e sofrerão
as consequências, pois a conta sempre chega, mas por gentileza, opte pelo
recebimento da mesma via e-mail. A natureza sorri se assim você decidir.
E para
finalizar, deixo a seguinte reflexão: Quem conhece se torna responsável, se não
queremos nos responsabilizar, não podemos conhecer, pois conhecimento sem
compartilhamento e sem ação, não serve nem mesmo para o conhecedor. Um forte
abraço para ti que leu até aqui e tchau!
@eadunicesumaroficial
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