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quarta-feira, 9 de junho de 2021

Um aniversário sem bolo aos 35!

 



Eu não sou vítima de nada, já fui, mas talvez a maturidade me ensinou que eu não quero mais caber nessa gaveta, escolho não ser mais se um dia eu fui, eu só tive muitas experiências nem mais nem menos importantes que outras pessoas, nem mais nem menos peculiares, só diferentes, eu já refleti muito sobre porque eu não gosto da data do meu nascimento, e eu encontrei a resposta. Acho que a data que a pessoa veio ao mundo ao pé da letra não é real, é uma ilusão criada, a existência de alguém nesse mundo passa existir para mim quando acontece a fecundação, ali surge uma vida. E eu para ser bem sincera, sempre me senti estranha, ou estrangeira nesse planeta, sempre me senti alheia a tudo, não pertencente a esse mundo e por muitas vezes me questionei do porque estou aqui e se não sou um E.T. Muita gente diz que uma pessoa escolhe existir, compete com milhares de espermatozoides que experimentam a perda por não serem tão rápidos, é ai que começa a essência da competição. Se isso for mesmo à resposta eu já comecei vencendo apesar de nadar, nadar, nadar fervorosamente sem saber para onde estava indo, apesar de muitas vezes ter experimentado morrer na praia ou ir contra a maré, enquanto sentia o gosto do sal e a amargura.




Quem foi que disse que a vida é bela? De qual ponto de vista essa informação não é mera ilusão? A vida não é uma solução lógica de matemática que você resolve e acabou, a vida é uma equação imensa e infindável.  Isso para muitos é uma mentira, viver nunca foi, nunca é, e nunca vai ser para os fracos e está bem longe te ser uma equação lógica. Porque eles não sobrevivem independentes de onde vêm e o que têm ou pertencem.  A vida é uma cilada, uma constante de instabilidades, e se dá bem nela os seres adaptativos que mesmo mergulhados na merda fingem que ela é chocolate. Quer fazer Deus rir? Pois faça planos, nossa vida não é nossa, ela é de alguém que nos guia como peças num tabuleiro, alguns chamam de Deus, outros de energia, outros de universo, outros de acaso, eu tenho certeza que meu anjo da guarda é um ninja com quatro asas, e que apesar dos pesares, ele já me livrou de muita cilada, fora a vida é claro. Quando eu falo em tabuleiro eu digo que eu não quero assumir esse lugar, apesar de ver que muita gente dorme esperando a movimentação das peças, com a desculpa que as coisas caem do céu, e que se Deus quiser eu vou ganhar na loteria, e ai não ganham e xingam Deus de birrento e brincalhão quando para ganhar é preciso jogar.  Mas há um destino e um acaso que me fazem mudar a rota sem saber a razão? O céu e o inferno, onde estão localizados, qual o país, em quais olhos eles moram, nos azuis? É verdade que no inferno tem fogo e no céu tem bela paisagem?

Isso é só uma parte do infinito e da dimensão que a vida é? O inferno é aqui mesmo e o céu também e é você que decide onde quer ficar?

Quando eu me dei conta da minha pequena apreciação pela vida, tudo passou a fazer sentido, e tudo bem eu não gostar de rolar na lama, apesar de me soar divertido nos dias de calor.





Eu posso dizer que eu sou uma pessoa forte mesmo achando a vida um porre, muitos me perguntam porque eu não acabo com isso se eu acho o projeto da vida tão insignificante. Eu não faço isso porque eu sou curiosa, gosto das adversidades pois elas me desafiam e me mostram que eu sou mais forte do que imagino, e principalmente mostram a minha habilidade de desviar das pedras por mim mesma sem precisar do aval de ninguém para receber aprovação ou cair do cavalo mesmo. Não estar feliz não significa não ser feliz com a mesma verdade que perdoar não significa conviver. É muito gratificante quando você percebe que tem muita coisa que só depende de você para acontecer, e que quando dependemos de outros temos que estar abertos a decepção, e ao limite, lembrando da base de viver em comunidade de forma saudável, não esquecendo que o meu direito acaba quando começa o do outro,  é aí que surge a madame expectativa, ô comadre que não faz cerimônia, ela entra sem pedir licença e destrói muitos lares. Ainda tem o lance da missão, que eu acredito que existe, suponho pelo menos. Pode ser que seja apenas especulação, mas aceito o que vier com liberdade, abro a porta com sorriso sincero e ainda sirvo um café coado na hora. E tem mais uma coisa, descobri não sei em que momento que comparações além de perigosas são injustas.
Eu amei, me declarei, fiz tudo que quis mas sempre me perguntando e refletindo se aquilo machucaria alguém, se a resposta fosse  não eu ia mesmo com a cara e a coragem, sempre vivi tudo com intensidade e sempre experimentei  novos sabores, novas horas, novas músicas, novos passos e novos dias, sempre lá no fundo, porque a superfície me entedia. Já fui enganada e acredito em absolutamente tudo que me dizem, não aprecio as mentiras porque acho que elas não possuem cores, elas são simplesmente mentiras que ninguém quer ouvir apesar de muitas vezes se apoiar. E fico extremamente vermelha de vergonha alheia quando preciso acordar um mentiroso para a verdade, que sei que o libertará. Ainda assim eu acredito, e se  quebrarem meu coração de novo eu já sei que não vai curar com band-aid, mas mesmo assim eu sigo aberta, sabendo que a polaridade é mais clara que o sol e ela me faz ter certeza de onde eu não quero voltar.  Cada dia ensina algo ao dia seguinte.



Fazer aniversário sempre é um motivo para eu refletir sobre o significado e o sentido da vida. Não diz respeito à idade completada, diz respeito à idade que não volta mais, porque os números dos anos não se repetem, como acontece com algumas oportunidades. É aquele cavalo branco com pelos sedosos que galopeia contra o vento e movimenta as suas crinas, ele não passa mais. Eu sempre achei essa data chata, inútil, cheia de convenções sociais, ctrl c ctrl v de mensagens generalizadas, como o eu te amo que virou bom dia para muita gente de coração congelado.

Tenho razões óbvias para não apreciar o dia 08 de junho, apesar de ser bem paradoxal a partir do que direi a seguir, eu amo o numero oito e tento ver luz em tudo, é em junho que acontecem  as festas juninas, alegria, quentão e forró pé de serra, sou um ser humano repleto de valores, virtudes, e plena de coisas de extrema significância que o mundo esta perdendo, ou por escolha, ou porque não teve a chance de conhecer o conjunto de valores raízes corretos que diferencia o obvio do errado. Eu não sou perfeita, mas entre sua mãe chorar ou a minha eu prefiro encontrar a solução para que ambas sorriam e não chorem, ou chorem, mas de tanto rir de alegria. Parece utopia para muitos, mas que eu não queira para você o que eu também não quero para mim. Mas seja você sua maior expectativa, se você quebrar suas próprias expectativas vai ser mais fácil concertar porque você sabe o que esperar de você. 





 Os valores são levantados nessa data, porque se vê o que o mundo esta se tornando, as melhores coisas nem sempre são aquelas que nos fazem sorrir, as emoções em partes são ilusões,  coisas grandiosas podem surgir a partir da dor e da solidão, ou do silêncio, pois é quando estamos completamente sozinhos e silenciosos que temos a oportunidades de adentrar nosso eu mais profundo e sombrio.  A maioria das pessoas corre da solidão como o diabo foge da cruz tudo e simplesmente por medo de enfrentar a si mesmas, medo da mediocridade que escolheram abraçar em suas vidas, para suprir suas necessidades existenciais vazias. Não se pega uma mentira para enganar a realidade,  alma não sangra e a consciência esta sempre plena querendo ser vista. E muitas vezes ela grita dentro de você, é o típico sinal verde que é mais claro do que o siga.

Ontem o céu estava tão nublado, fazia tempo que não ficava assim, recordo de águas passadas, monte  de gente e nada de mim, eu só quero um motivo descente, ninguém entende se eu gritar porque ninguém ouve, não,  são as águas passadas do Guilherme Arantes, ou é o meu coração mesmo que ainda está em quarentena há mais de anos.

A sensibilidade é o que nos torna humanos, e ao desenvolvermos uma essência real não seremos mais apenas contribuintes, grito por valores e por significância, cadê vocês, onde se escondem, no peito de quem vocês moram?

A saudade não leva a nenhum lugar, o tempo não cura, o tempo insulta, o ego deve ser silenciado para que o poder surja.





Passar o meu primeiro aniversário sem meu pai não me faz uma coitada nem uma vitima diante do mundo, pois hoje, a realidade das perdas está presente em todas as esquinas,  eu refleti muito sobre a morte  já que estou falando da data que se comemora uma vida, e a morte é a única certeza que existe realmente, reflito assim  sobre a gratidão que tenho por ter aproveitado ao lado do meu pai ate o último momento principalmente ao me dar conta do presente que isso foi num mundo de pandemia e numa imensidão de mortes sem dignidade tampouco direito de vivenciar e do acordar para despedida e depois para a dor da perda. A vida apesar de ser patética as vezes, admita, ninguém está 100% do tempo bem e feliz, mas foi tão bondosa conosco e com meu pai. Quanta gente fica anos lutando contra o câncer, a família inteira se destrói devorada pela impotência e com a boca escancarada só esperando o fim  e na pressa que a dor pare, mesmo sabendo que a partida daquele ente querido levará com ele um pedaço dos que ficam. Meu pai teve um câncer agressivo que o levou em menos de um mês após o diagnostico, ele se mostrou a pessoa mais nobre que eu já conheci até o fim. Então ontem, no meu aniversário sem o seu abraço eu não consegui comemorar, eu ainda sangro no luto, mas sei que ele assim como eu não é vítima, é apenas o preço do amor, então pude agradecer por estar com saúde, por não ser escrava da doença, e por estar de pé para correr atrás de tudo, mesmo sabendo que as pedras estarão ainda no meu caminho, e elas tornarão ele mais aventureiro e cuidadoso. Não peço que as pedras desapareçam, não comemoro em momentos errôneos, deixo aqui apenas meu desabafo, monstro minha relação de amor e ódio a vida, e digo para você que lê até aqui e sofre por qualquer razão que seja, que essa é a vida, a cruz que me foi dada não me derrubou porque ela tinha o peso e o tamanho compatível a minha altura. Tudo que nos é forçado a experienciar é devido ao propósito, é devido ao teste de resistência que a vida cobra. A doença às vezes é silenciosa, e nossa vida nos é levada repentinamente. Quem vai não volta mais, o tempo não cura nada, ele só te ensina através da paciência a conviver com a dor da falta, e te acorda para mostrar que quem vai não vai mais voltar. Há uma imensidão de coisas que só mesmo o tempo é capaz de nos fazer notar, porque ele é resultado do livre arbítrio.

Você ai que tem algum querido doente e que não se encontra mais em corpo nesse mundo, ou porque está reagindo mal a algum tratamento, ou porque partiu mesmo, ele ainda estará no seu mundo, isso aqui é nada, e nós só temos um corpo perecível, mas a alma não perece jamais, o tempo apaga a presença do corpo, o cheiro, mas não apaga o sentimento, porque esse é eterno.  Termino dizendo que a morte é a polaridade oposta da vida, e é a nossa única certeza. Nesse aniversário não teve bolo, porque quem ganharia o primeiro pedaço está agora só essencialmente no meu coração, que em quarentena se sente abraçado pelas lembranças.

Agradeço todas as mensagens sinceras de felicitações apesar dos pesares... e agradeço duplamente se você leu meu texto formato bíblia devido ao tamanho até aqui. Você também é verdadeiramente um vencedor!


 


A polaridade contrária da vida é a morte!




 

Nascer e morrer são as únicas certezas que temos na vida, assim como o sol nasce toda manhã e assim como ele se põe todo fim de tarde. O restante é tudo incerteza, que somos colocados à prova todos os dias, do nascer ao por do sol um sacrifício nada perfeito e sim completamente imperfeito, uma coisa é mais que certa, viver nunca foi, nunca é, e nunca será para os fracos, viver é uma responsabilidade imensa, principalmente porque não vivemos numa bolha, com exceção daqueles que só enxergam o próprio umbigo e passam o dia, as horas e os anos olhando para eles, achando que estão olhando para dentro de si mesmos, mera ilusão dos piores cegos, que são os que não querem ver. O que quero abordar nesse texto é algo que poucos têm coragem de falar, por medo, por insegurança, e porque é um tabu falar da única certeza que existe depois que estamos vivos: a morte.

Até que a morte aconteça, duas certezas acontecem: o ato sexual dos nossos pais para que estivéssemos aqui agora, o nosso nascimento se nada der errado. Quando consideramos que uma quantidade considerável de mulheres perde seus filhos todos os dias, somos sortudos de estarmos aqui, porque para muitos a vida nem passa do parto, ou seja, não continua, o aborto é uma dor imensa e inexplicável, somente quem já vivenciou um sabe, nada que eu disser aqui vai explicar, até porque cada mulher vivência e sofre a sua maneira. Mas que e muito doloroso. A se é.




Estamos no período mais delicado do século, a pandemia tem ceifado vidas como um tufão todos os dias, estamos vivendo a presença do sopro da vida de uma forma tão agressiva nunca antes imaginada, é uma fragilidade impressionante. Não se fala em outra coisa além da incerteza entre viver um dia de cada vez e cada dia é uma vitória, pois os que podem estar lendo este texto hoje, talvez  amanhã não estejam mais nessa dimensão, falar de morte é um tabu, todo mundo sabe que vai morrer, sabe que seus queridos também vão, e esse assunto é evitado porque pensar que podemos perder partes de nós quando nossos amores se vão dói, causa um arrepio na espinha, então o assunto é sempre empurrado com a barriga, com a desculpa de, na hora certa eu falo sobre isso, ou, não tenho tempo  para pensar em algo que não preciso, não quero consumir minha energia com esse assunto, pensar e falar da morte atrai a morte, ou desculpas desse tipo para mais. Muita gente só pensa na morte e na significância da vida quando perde alguém, ahh mas é batata, não tem como fugir, quando a pessoa que você mais ama na vida parte dessa para melhor, não tem como fugir, faz parte do luto, se revoltar e entender o sentido da vida, e a convicção de que sim, a morte vai acontecer, para alguns antes, muitas vezes pros muito bons antes, e também tem a missão pessoal de cada um que muitas vezes desconhecemos, isso já entra no mistério da vida.  Tem muita sorte aquelas famílias que tem o presente de conviver com aqueles seres mais amáveis da vida por mais tempo, pois na maioria das vezes  não é assim. 




Vivemos num pais, num mundo, numa bolha, cheia de clichês e de tabus, muitos encaram a  morte como um castigo, algo muito ruim, tão ruim que a gente não fala nela e não reflete sobre ela pelo amor, mas somente pela dor, porque é cultural, porque o medo toma conta, é um medo absurdo. Se a morte assim como o sexo fosse abordado na escola pouparíamos muitos traumas e sofrimentos, pois entenderíamos que a morte é um processo natural da vida, a vida é um negocio frágil, que tem começo meio e fim, a natureza nos ensina isso toda hora, quando se planta uma raiz ela se transforma numa arvore, vive, dá frutos, outras mais outras menos, envelhece, perde  sua seiva nutritiva e morre, tudo tem começo meio e fim.

Mas o fim também é um mistério, pois essa dimensão densa que vivemos é só uma parte de uma possibilidade infinita de dimensões, aqueles que deixam o corpo, deixam saudade e deixam essa probabilidade, é um mistério que ninguém voltou para contar, porque temos a tendência de querer e procurar fervorosamente resposta para tudo, porém tem coisas que nunca entenderemos tampouco saberemos, são apenas ideias e reflexões, nem certas nem erradas, apenas diferentes. Na verdade quando alguém morre a vida não acaba para quem vai, acaba para quem fica, principalmente se quem foi era uma pessoa muito querida e amada, a saudade é uma linha bem tênue entre o sofrimento pela falta e as boas lembranças, se até na saudade há polaridade, imagina no restante da vida, a saudade dói, as lembranças nos distraem, mas quando voltamos das lembranças a falta se faz presente de novo, porém, as lamentações os choramingos, o questionamento de como poderia ter sido, se tivesse sido de uma forma melhor ou diferente,  feito isso ou aquilo por aquele que se foi, pare agora mesmo, acabou para você meu amigo, se você não fez em vida, convivendo, não há nada mais que possa fazer a não ser aceitar, e parar de ficar se lamentando, quem foi não merece isso esteja onde estiver, a energia fica, e contamina, deixe quem foi aproveitar o inicio de uma nova trajetória. De melhores, mas infinitas possibilidades, se você fica aqui se lamentando e se vitimizando você impede energeticamente aquele que você amou muito de ser feliz, energia parada não presta para nada, agradeça pelo que você viveu com aquele ente, seja um ano ou inúmeros, sorria, chore, sonhe, sinta saudade, viva o luto, todas as etapas não pule nenhuma, e lembre-se, você sempre soube que se depararia com a morte, mas foi uma escolha sua deixar essa reflexão para depois, lembre-se que todos que se foram, cumpriram sua missão aqui, independente de quanto tempo viveram. Há pessoas que estão com familiares doentes em casa ou no hospital, no paliativo, segurando a pessoa de n formas extremamente agressivas, meus amigos, não adianta viver sem saúde, isso é ser escravo da vida, liberte a pessoa, entregue pro universo, ninguém merece sofrer, nem você nem o outro, as vezes os familiares seguram, causam sofrimento, porque não querem em hipótese alguma pensar na morte, mas não entendem que a morte é o descanso para aquele que  sofre, é a possibilidade da libertação, porem os egos, o egoísmo, nos cega. Se você leu este texto ate aqui agradeço sua atenção, te trago para  a reflexão, espero que você viva muito e que experimente tudo que te faça feliz, mas não esqueça da única certeza que a vida tem como polaridade, ela , nada mais nada menos que ela, a morte. Depois que eu me dei conta do sofrimento daquele que vira escravo da doença eu passei a entender que a morte pode não ser apenas um fim, mas um eterno descanso, e todo o sofrimento vivenciado por aquele que partiu o possibilitou de se preparar para renascer num novo universo cheio de novas possibilidades e luz pulsante. Apenas deixe ir aquele que precisa brilhar em outro lugar.






Se você assim como eu perdeu alguém muito valioso, eu entendo também sua dor , mesmo sabendo que cada um vive o seu sofrimento e seu luto de forma peculiar e particular, quando um artista morre por exemplo ele leva  algo que salva muita gente: a arte, que toca e liberta muitos corações da escravidão. Meu pai era um artista para mim, porque ele tinha o carisma que muitos  não tem, e como os artistas são exemplos pessoais para muitos, meu pai era para mim o maior exemplo. Eu não sinto que perdi apenas um pai, perdi todas as pessoas especiais que eu conheci juntas e reunidas em uma só pessoa, pai, mãe, irmão, amigo, tio, tudo que não foram para mim no mundo meu pai foi, e essa missão é muito, mas muito expressiva pensando na imensidão de alternativas que a vida nos presenteia.

Eu não acredito na sentença “até que a morte nos separe” em partes, porque se formos adentrar na espiritualidade temos a certeza que não existe separação, porque nunca, em hipótese alguma conseguiremos apagar todo o amor que construímos nas nossas relações com os que já partiram, podemos matar muitas coisas, mas o amor verdadeiro e essencial não morre jamais tampouco aquilo que não se compra com dinheiro e que não tem preço mas imenso valor. Eu só acho que até que a morte nos separe é verdadeira no quesito relacionamentos terrenos. Pois quando uma pessoa morre deixamos de ter a presença dela, mas o amor dela é imortal.

Então viva cada momento e cada dia como se fosse o ultimo, porque pode ser, seja você mesmo, defenda as coisas essenciais e seus valores pessoais, esses são raízes que importam e que não devem ser destruídas. E lembre-se, a morte é o começo de outra vida para quem vai, é a adaptação para quem fica e um ensaio de grandiosas memórias que passamos os anos lutando para que não se apaguem.