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domingo, 20 de maio de 2018

O ser humano e suas máscaras sociais!




A pergunta que não quer calar é: se ninguém estivesse te vendo você tomaria a mesma atitude que toma quando estão te vendo?
Se a resposta for que cada atitude condiz com: ser observado ou não ser observado, você, querendo ou não,  utiliza suas máscaras sociais.

Quando eu ouvi a expressão máscara pela primeira vez eu não botei fé que isso era algo positivo, mas depois eu entendi que para você viver minimamente em paz e ser um ser social passível de convivência mínima você precisa das comadres máscaras. Por mais que  as vezes você ache que  nem precisa delas, elas grudam em você igual sangue suga, sabe aquela atitude ridícula que você tem e que se arrepende no mesmo momento? Você usou uma máscara que você mesmo desabonou, acontece, somos seres errantes e limitados, todo mundo erra, mesmo você não querendo errar.







Por exemplo: você esta emputeado da vida com uma pessoa que quebrou sua confiança, ela te fez uma coisa horrível, moralmente errada e se você fosse uma pessoa do mesmo nível, se vingaria, pagaria na mesma moeda, a xingaria de todo seu repertório de xinhamentos e faria mais outras coisas horríveis que vierem a sua cabeça. Porém você não faz nada disso, (com exceção de algumas muitas pessoas),  muito pelo contrário, você simplesmente tenta ficar indiferente a tudo isso, não envelhece e muito menos perde sua paz, primeiro porque a pessoa não merece e segundo porque sua dignidade e honestidade valem ouro. Então você usou uma máscara, se você fosse seguir um instinto meramente humano, você iria lá e metia a mão na cara da pessoa, ou coçava o lombo daquele ou daquela jaguara se estivesse no Paraná.
Já dizia Catifunda na primeira dose de pinga: - Eu quero é curtir a vida e beijar como se não houvesse amanhã, não quero homem me controlando.
Catifunda depois da quinta dose de pinga: - O que há de errado comigo? eu só queria alguém que cuidasse de mim...
quem nunca? Você acha que Catifunda estava usando máscara na primeira dose? Pergunta do milhão em sangue bom?






Se você tem um chefe filho da puta, por exemplo, você gostaria de xingar a mãe dele mas você não faz porque seu emprego é mais importante que xingar a mãe dele, você tem contas e prestações a zelar. Você usa a máscara da educação e não xinga.

Nós precisamos das máscaras para viver e isso não quer dizer que somos uma farsa, na verdade são mascaras sociais. Muita gente tem um discurso do: eu falo o que eu penso e foda-se o mundo, até tem mesmo gente assim, mas quem de fato é assim não tem convívio social. Se você for falar tudo que você pensa, imagina, você não vai conseguir o mínimo de convívio com absolutamente ninguém, nem com você mesmo, nem você se suportaria,  vai chegar uma hora que vai querer se enfiar no buraco. É meramente possível você ser honesto e assertivo nos seus achismos, comentários e sincericídios, por causa disso você tem pessoas que considera muito na vida, são aqueles melhores amigos que sabem seus segredos mais profundos, pessoas que você confia de olhos fechados e que coloca a mão no fogo. Aposto que com eles você se liberta e se aposenta um pouco das máscaras.





Quantas vezes você já disse não para você para dizer sim para os outros e se sentiu mal demais com isso, porque por alguma razão você só queria agradar alguém mas desagradou a si mesmo, viu só.? Mascara é o que não falta.
Acredito que as máscaras que usamos é a forma que encontramos para vivermos de forma harmônica na sociedade em que estamos inseridos, a mascaras estão associadas aos valores e a historia de cada um, bem como suas crenças e sua realidade. Ela não tem nada a ver com ser honesto ou desonesto, tem a ver como encontrar uma saída para lidar com os problemas de maneira criativa, desde que seja uma máscara justa, ela não precisa ser arrancada. Ela pode até ser a prova d’água para você tomar seu banho em paz.








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