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sexta-feira, 30 de junho de 2017

A experiência de um figurante!


Olá, queridos compadres e comadres, vou contar um pouco sobre a experiência curiosa de ser figurante de uma propaganda, filme publicitário,  ou seja lá o que você prefere chamar. Normalmente os trabalhos que consegui foram via facebook, mandando fotos para um post de determinado job, que eu achava que era perfil. E se assim fosse, eu era chamada.
Nunca imaginei que para fazer um comercial de 40 segundos desse tanto trabalho nível hard da estrela, fiquei imaginando, se um comercial dura em média 12 horas de gravação, imagina a edição, ou melhor, imagina um filme, o bagulho é muito minucioso e demorado.
Como todo mundo sabe um comercial de tv deve fazer com que as pessoas se vejam no que estão assistindo, o telespectador ou a maioria deles precisa se identificar com o que está vendo, desejar aquilo que está sendo oferecido, apreciar o que está sendo vendido, digamos que quando isso acontece o comercial foi um sucesso.
Gravei o comercial de uma cerveja conhecida, vou contar toda a trajetória, a seleção foi via e-mail, os escolhidos se encontraram num ponto da cidade na hora e local estipulado pela produção. Isso 14:30 horas. De lá fomos para local da gravação de ônibus por conta da produção e então depois de uns quilômetros rodados, chegamos, era uma espécie de sítio, onde seria gravado o comercial com tema junino. Chegando lá foram verificados os figurinos, eu já fui caracterizada então do mesmo jeito fiquei, a produtora curtiu a roupa e não me pediu para mudar. Depois maquiagem, também já fui maquiada, a maquiadora apenas deu um retoque que não demorou mais de 10 min. Após figurino e maquiagem, serviram almoço, pois o dia estava só começando. Depois fiquei perto do meu par, pois eu ia dançar forró no comercial, levei um amigo que também foi recrutado na seleção. Explicaram brevemente como seria, e iniciaram as gravações, mas esta hora já tinha anoitecido, nos posicionamos para fazer uma parte do comercial, o início na verdade, e nisso encontrei a atriz principal, lindíssima, ela sorriu para mim, elogiou minha roupa e disse que eu era linda, achei muito gratificante, ouvir de uma pessoa que é ícone de sexualidade e beleza um elogio. Fizemos várias vezes à mesma cena e acabei ficando mais próxima dela, que interagiu comigo de uma forma muito simpática e humilde, consegui até tirar uma foto, sem querer me gabar, mas, eu fui uma das poucas pessoas que ela interagiu, fiquei bem contente, quando ela acabou sua parte da proposta do comercial, me deu um abraço, um beijo e caiu fora. Diria que eu fui a mais sortuda da noite. Enfim, achei tri legal. Foi uma surpresa muito agradável. Mas nem sempre isso acontece, já fiz comercial que a atriz principal nem quis tirar foto e nem fez questão, só acho que quando uma pessoa se torna artista, tem que ter o mínimo de bom senso para tratar as pessoas com respeito, e o bom senso tem que vir de ambos, do fá e do ator. Enfim, mera opinião.


O público que participou do comercial foi bem variado, conheci gente de n profissões, modelos, apresentadoras de tv, atrizes, atores, jornalistas, figurantes há 30 anos, e mais um monte de gente. Conversei muito, interagi e troquei muita experiência, falei besteira, refleti sobre assuntos relevantes, dei muita risada, foi incrível, fiquei mais de doze horas fora de casa que passaram mais rápido que um suspiro apaixonado. Pessoas lindas de todos os estilos, e todas que conversei, muito queridas, me senti especial por estar ali e ao mesmo tempo grata.
Como todo o lugar que tem muita gente, rola tudo quanto é tipo de pessoa, aquelas que querem aparecer mais no comercial e para conseguirem, passam rasteiras nos outros, pessoas que estão lá como eu, para contribuir, se divertir e ganhar grana com o que gosta, gente reclamando que tinha que ganhar hora extra, mas eu vou ser bem sincera. Se você está escolhendo um trabalho que te faz reclamar, saia dele. Mas comadre, as pessoas precisam de grana, não necessariamente elas podem fazer o que querem para ganhar dinheiro. O problema comadres não é este, o problema é a pessoa topar o trabalho e ficar reclamando e contaminando as outras com mau humor na madrugada, ninguém obrigou ninguém a ir lá, isso é um freela. Se você acha um absurdo ficar mais de 12 horas fazendo figuração, sem hora extra faça outra coisa, figuração nem paga tanto assim e tem um monte de gente querendo ser figurante, e sabe sua importância, então faça com alegria. O mais engraçado que as pessoas que armam o barraco nem são tão lindas assim, ficariam mais se parassem de falar abobrinha, deveriam é agradecer por estarem lá, enfim.

Gente que curte um barraco tem em todos os lugares.


Mas comadre, graças a gente como você que não reivindica, que o Brasil está do jeito que está.
Meu povo, eu não estou dizendo que é errado reclamar de injustiças, acho errado, deixar para fazer isso na hora da gravação. Reclame com seu sindicato, sua agência, seu produtor, para que ele tome as providencias legais, fazer greve, e dar cena, no dia da gravação quando você é um mero figurante não condiz com a realidade, e você não vai conseguir nada, não naquele momento.
Basicamente eu por sorte, com todas as pessoas que eu interagi eu fui muito agraciada, conheci pessoas lindas, queridas e incríveis, ouvi histórias e conheci experiências alheias de vida, achei que a produção estava um pouco perdida mas deu conta do recado, de vez em quando eles eram meio ríspidos, mas sabia que não era pessoal, era geral, porque se não vira bagunça já que tinha muita gente. De vez em quando brincavam com a gente, acho que era o estilo deles, teve comida umas horas da madrugada, não o suficiente talvez para alguns, mas ninguém passou fome, tinha água, café, e então caíamos na madrugada aos gritos de ação e corta.
Terminado as gravações teve sopinha e depois voltei para casa. Me senti muito querida e muito bem-vinda pelas pessoas que conheci, por isso para mim a figuração foi satisfação a cada minuto, que venham outras, porque a figuração é um ato importantíssimo para dar mais vida a arte.
Prometo que se eu ficar rica, famosa, fina e poderosa eu dou autógrafo e sorrio gratuitamente e facilmente para todo mundo, assim como a atriz foi querida comigo.
O trabalho de um figurante não é um mero preenchimento de espaço, o figurante é a paisagem, é ele que dá vida às cenas. Por isso amei a experiência e sempre faço com amor e alegria.
Diante de tudo que tenho vivido nestes trabalhos, convivendo com profissionais incríveis, produções maravilhosas, bookers queridos, é que, sim, vale a pena ser figurante.
O que não vale a pena é ser figurante na vida de alguém, porque quando isso acontece você terá que traçar um longo caminho para ser coadjuvante ou principal. O que eu tenho para dizer é, façam figurações em frente a câmeras, mas jamais papéis de figurantes na vida das pessoas, porque muitas vezes nunca falta quem sobra, esta virou a frase da minha vida, quando não, haja hoje para tanto ontem.
Então é isso produção, já temos, todos liberados, modelos, e afins, corta.

























terça-feira, 20 de junho de 2017

Mas como franceses são chiques!


Meus queridos hoje eu vou falar de um país, tri jolie, tri chic, a nossa amiga, rica, linda, fina e poderosa, França.
Ahh, mas a comadre está escrevendo este texto só para se achar a última coca cola do deserto porque viajou para Europa, não basta viajar, tem que contar para todo mundo, sua comadre metida a besta.
Não é nada disso compadres, eu não ligo para essas coisas não, eu sou como aqueles que viajam em silêncio, e que só os mais próximos notarão a ausência, ou saberão depois que eu já voltei, é que a França merece este texto, porque é um belo país.
Vou contar um pouco da minha experiência passando pelas ruas das cidades que conheci. O que eu mais gostei nesta viagem de 17 dias felizes, foi que eu pude ver claramente o contraste, coisa que me atrai e muito, em breve entenderão porquê.
A primeira cidade que eu pisei foi, Paris, bah, falar enche a boca d’água, é a mesma coisa de você falar de uma comida deliciosa quando está faminto, para entender um pouco a sensação. Primeiro porque a cidade é linda, é rica demais, se você imagina o que é ostentação, você vai chegar lá e vai entender que sua visão de riqueza e de chiqueza era obsoleta, a paisagem, os parques, as construções, tudo é muito rico, a torre, os passeios turísticos, as ruas glamorosas, tudo é fabuloso e fantástico.
Quando pegamos o ônibus turístico tocou uma música que nunca mais saiu da minha cabeça.
Je m'baladais sur l'avenue,
Le coeur ouvert Ã? l'inconnu,
J'avais envie de dire "bonjour"
à n'importe qui.
N'importe qui -
Et ce fut toi -
Je t'ai dit
N'importe quoi,
Il suffisait de te parler pour t'apprivoiser.

Refrain:
Aux Champs-Elysees,
Aux Champs-Elysees,
Au soleil, sous la pluie,
A midi ou Ã? minuit -
Il why a tout ce que vous voulez aux Champs-Elysees.

Tu m'as dit: "J'ai rendez-vous
Dans un sous-sol avec des fous
Qui vivent la guitare Ã? la main
do soir au matin".
Alors je t'ai accompagnee,
On a chante,
On a danse,
Et l'on n'a mÃ?me pas pense Ã? s'embrasser.

refrain.

Hier soir deux inconnus,
Et ce matin, sur l'avenue -
Deux amoureux, tout etourdis
Par la longue nuit.
Et de l'Etoile Ã? la Concorde,
Un orchestre Ã? mille cordes,
Tous les oiseaux do point do jour
Chantent l'amour


Confira no link: https://www.youtube.com/watch?v=d9V-zUlrhEE




As comidas, os vinhos, barbaridade, os queridos amigos franceses têm um queijo e um vinho para cada dia do ano, eu arriscaria dizer que têm mais que isso ainda. Se você gosta de queijo e de vinho, bah, você vai amar ir para lá. E o pão? Vixiii, é um pão mais delicioso que o outro, os doces, não fique triste, você vai voltar com uns quilos a mais, porque os doces são incrivelmente deliciosos, acho que não comi nada na França que era ruim.
E os amigos franceses?
Os homens são lindíssimos, e até o garçom do barzinho é um pão.
As mulheres, nossa, fiquei chocada, não sei se é por conta da qualidade de vida, mas mulheres de 70 anos aparentam ter 55, elas respiram chiqueza, tem uma postura, que jesus me abane.
O povo europeu no geral fuma muito também, fiquei tentando entender as razões, mas não entendi, nem compreendi.
Depois do vislumbre da bela Paris, galeria Lafayette , eu parecia o chaves vendo aquela imensidão de lustres e perfumes, museu do Louvre e seus vidros estonteantes, Moulin Rouge, você lembra na hora dos filmes clássicos e alternativos de lá, se eu tivesse uma bicicleta eu juro que eu ia reproduzir a cena da Amelie andando pelas ruas do bairro, catedral de Notre Dame, ual, a igreja por fora era cheia de diabinhos, porque quando ela foi construída eles a projetaram assim, porque acreditavam que os monstrinhos espantavam os demônios, a Champs-Elysees, nossa, eu achava que a Oscar freire paulista era chique, você vai achar a Oscar freire mendiga se você for nesta rua, até porque passar pela Oscar freire nesta crise, cheia de placas de aluga-se, misericórdia irmãos. O metrô, o transporte público no geral, tudo funcionava lindamente, mas o metrô era bem antigo, então eu consegui entender a diferença de primeiro e segundo mundo que eu aprendi na escola, arrisco dizer que parecia outro planeta. Depois fomos para uma cidade chamada, Aix en Provence, cidade muito cute cute, tinha carrosséis pelo centro, só tinha crianças, mas eu queria subir nos cavalinhos, mas me contive, chafariz, queria entrar no chafariz, tenho certeza que se a comadre estivesse comigo, íamos pagar este mico juntas.




Ai que eu falo sobre contraste, Paris é ostentação, as cidades menores destilavam a beleza da simplicidade, em Paris, a caixa do mercado falava inglês, nas cidades menores nem todos.
Povo, leiam com atenção o que eu vou dizer, eu fiquei apaixonada nível hard da estrela por um mercado que chamava Monoprix, juro, mulher, você que levou uma baita solada de botina de seu ex morsa, pé na bunda da galáxia, a cura está no Monoprix, os mercados franceses curam qualquer desilusão, qualquer dor de coração. Lá você vai encontrar perfumes fabulosos franceses, já que todos sabem que franceses são peritos em produzir bons perfumes, acredite, são perfumes maravilhosos que duram muito na pele e você vai pagar 8/10 euros, porque uma coisa eu tenho certeza, qualquer marca desconhecida na Europa presta, não é igual no brasil que você paga menos e se ferra, as bolachas com escadinhas de chocolates, os chocolates, eles não sabem fazer coisas meia boca, pode crer.
Chocada até hoje.
A viagem foi muito interessante porque alugamos um carro em uma das cidades, e fizemos os passeios de cidade em cidade de carro, então pudemos apreciar a paisagem deslumbrante. Em uma das estradas que era super estreita e só passava um carro, parecia que eu estava numa montanha russa rumo ao paraíso, cruzamos por penhascos e rios cristalinos, paradisíacos, girassóis, fiquei de boca aberta com os campos cobertos por eles, quando passávamos de manhã eles estavam numa posição, no fim da tarde estavam diferentes, natureza fabulosa, conhecemos cidades de pedras com comidas caseiras incríveis, com direito a bichanos ao redor da mesa pedindo uma boquinha. Em uma das cidades medievais que conhecemos e no hotel que nos hospedamos toda a arquitetura do lugar era medieval, e a cidade tinha meia dúzia de gatos pingados de moradores, as camas, os criados mudos e banheiros eram mesmo medievais, as camas tinham até mosquiteiros, fiquei paralisada, parecia que eu estava num filme de época, e o melhor estava por vir, na janta tivemos que vestir as roupas medievais, e fomos servidos por uma mulher que era dona do hotel que estava caracterizada também, eu tenho certeza que aquilo foi um sonho, eu estava mesmo naquela época, a comida foi incrível. E finalizei minha noite tomando um banho demorado de banheira, e é claro que eu sonhei com os anjos.







Cada restaurante que eu ia eu experimentava um queijo diferente, compadre, se você gosta de queijo, estas cidades seriam facilmente seu paraíso.
Conhecemos cemitérios que alguns soldados da guerra foram enterrados, fizemos oração com direito a luzes de velas nas igrejas, meu povo, foi uma experiência indescritível.
Outra coisa que me deixou embasbacada foi a praia de Nice.
Esta praia não tem areia, ela tem pedra, e não são pedras de qualquer tipo, são praticamente pedras filosofais, de vários formatos e cores, voltei para minha casa com um quilo a mais de bagagem, porque eu queria trazer aquelas pedras para minha casa, chocante, natureza perfeita. Meu banho de mar nunca mais foi o mesmo depois daquele vislumbre, nada como correr na orla de uma praia de pedra, nunca tinha visto isso na minha vida.
Nice, Paris, Toulouse, Saint Paul de vence, Saint Gaudens, ahhh o bazar de Saint Gaudens, de arrepiar, franceses não sabem fazer coisas pouco boas, isso não existe, GORGES DU VERDON, VAR – ALPES DE HAUTE-PROVENCE, la Couvertoraide, Cordes sur ciel diner clothes. Estas foram algumas das cidades que pisamos, passeamos de pedalinho num lago de água doce que parecia de mentira, cidadãos, é difícil mensurar toda a sensação desta viagem.
O povo que eu conheci, queridos franceses, conheci gente de vários tipos, mas as que eu conheci com mais profundidade vou guardar para sempre a memória, porque franceses são franceses meu povo, costumo dizer que nunca voltamos os mesmos depois de uma bela viagem como essa.
 E sou eternamente grata a todos que proporcionaram e participaram dela, e quem venham mais.
Viagem com alguém que te diga: ô ma cherrie, vamos dar uma volta porraí, tu és formosa,
Merci, de rien!