Olá Queridos leitores, hoje eu vou
falar sobre algo que me fez refletir esses dias e me fez ver que o tempo nos
traz duas coisas além dos anos a mais e as linhas de expressão: maturidade e
flexibilidade.
Todos os dias e todas as horas nós
nos transformamos e transmutamos com muito mais facilidade do que outros seres
não racionais, pois temos uma cabeça pensante, liberdade e livre arbítrio.
Você em algum momento da sua vida
defendeu uma opinião sobre determinado assunto com propriedade porque aquilo
fazia sentido de acordo com seus valores e sua história naquele determinado
momento, mas 5 anos depois ou 10 anos depois você se deparou com aquela mesma
realidade e aquela verdade que você defendeu com unhas e dentes simplesmente não
te faz mais sentido porque no decorrer de todos estes anos, você ouviu outras versões
que te mostraram que sua verdade não era absoluta e que a ideia do coleguinha
sempre poderia acrescentar? Como você é uma pessoa prudente, e sensível, você
não jogou sua verdade que antes era absoluta no lixo, mas você fez a coleta
seletiva de ideias ou um brainstorm mesmo, e abriu mão do que não te servia
desta coleta e inseriu o que era bom para enriquecer uma ideia que você achava
plausível e digna. Quem nunca? Se você já fez isso, que bom, parabéns, você não
é um ser egoísta e dono da famosa comadre maltrapilha verdade absoluta. Mudamos
o tempo todo, isso inclui ideias e verdades aparentemente duras ou inflexíveis. Sim, meus queridos, estamos em constante evolução e nunca chegaremos a perfeição porque isso é mera ilusão.
Quem nunca conversou com alguém que
culpa o céu ou as estrelas por todos os problemas da humanidade?
Ou que generaliza tudo e todos com
frases clichês do tipo: todos os homens são safados, mulheres são frágeis, todo
homem é safado cachorro e sem vergonha, toda mulher é oportunista.
Meu Deus, eu fico tão hashtag
chateada quando escuto estas coisas, generalizações nunca são passíveis de
justiça, e toda injustiça é uma grosseria sem tamanho, e quem as profere guarda
dentro de si uma ignorância e uma imaturidade tão grande quanto às nuvens negras
da tempestade.
O mais louco disso tudo é que o mundo
sempre tem muito a nos ensinar, eu to falando do mundo pessoas, coisas, com ou
sem fins lucrativos.
E não tem problema nenhum mudar de
opinião, desde que ela seja justa e essa mudança te faça ser uma pessoa melhor.
O que eu quero gerar neste texto é a
reflexão que os anos te dão tanta bagagem que muitas vezes você encara com mais
leveza tudo aquilo que pesa, você quer relações mais leves, trabalhos mais
leves, familiares mais leves, de peso já basta o que vê quando sobe na balança.
Eu mesma, muitas vezes já inseri as
minhas ideias que aparentemente eram absolutas ideias de pessoas que pensavam de
uma forma parecida, que eram exemplo de inspiração para mim e que aquilo
reforçava minha ideia sobre determinada coisa, a ideia do outro só me fez ver
que eu estava certa e que poderia acrescentar mais positividade a aquilo que eu
já tinha de bom. E falo também para aquele que pensava totalmente o oposto de
mim, aprendi muito com ele, pois consegui diferenciar a noite de dia, não dando
preferência para nenhum dos dois, mas tolerando as duas verdades, pois toda ideia e todo sentimento deve ser
respeitado porque teve um trabalho de construção em cima daquele pensamento, não
foi em vão, teve experimentação. Uma pessoa só pode dizer que gosta do cheiro
das flores se ela tirou um tempo do seu dia para ir até um jardim, sentir a
textura das flores e cheirar uma por uma, para saber que aquela flor amarela
tem o cheiro mais cítrico que a flor laranja. Isso demandou um tempo e isso
precisa e merece respeito. As experimentações não acontecem só nas bancadas dos
laboratórios científicos, mas na bancada do nosso laboratório interno e externo
através das nossas relações interpessoais, nossas experiências vividas, sentidas e imaginadas.
E quantas vezes eu mudei de ideia
porque vi que estava equivocada? Inúmeras. E eu não fico vermelha de contar,
porque eu sou um ser humano limitado, errante e em constante evolução, e quiçá
eu termine minha trajetória terrena sem completar um terço da minha evolução
como indivíduo e está bom também, ainda assim serei grata aos seres que
interagi superficial ou profunda ou intensamente, pois dei a eles um minuto ou
horas ou meses ou dias ou anos do meu precioso tempo.
Não tem problema também, nada melhor
nesta vida que admitir o erro, colocar o rabo com classe no meio das pernas e
assumir. Só erra que faz.
As vezes nós passamos dias e tempos
preciosos da nossas vidas perguntando para o mundo coisas que nós mesmos já
temos as respostas.
Independente das perguntas que
fizemos eu tenho a resposta para duas das minhas ultimas perguntas.
Hedi, se você não fosse você, você seria sua namorada? E se você não fosse
você, você seria sua amiga?
E sim, eu respondi sim para as duas.
Porque eu me namoraria e eu seria minha amiga se não fosse eu.
Porque eu não sou perfeita, estou bem
longe de ser, nem quero, deve ser chato ser uma coisa que não existe, seria negar a própria existência. Mas eu procuro ser a amiga que eu gostaria de ter e ser a
namorada que gostaria de ter, só porque eu trato os outros da mesma maneira que
eu me sentiria feliz que me tratassem, e não faço isso para que o universo me recompense, faço assim porque minha essência real de ser humano pede, é quase algo instintivo, incondicional.
Verdade absoluta ou relativa?
Simplesmente a verdade verdadeira!