Hoje eu vou
falar sobre algo que deixa minha cabeça em parafuso, às vezes eu me pego
pensando como esta vida é maluca, como podemos nos sentir sozinhos rodeados de
pessoas, como podemos fazer planos nos mínimos detalhes, que não tinha como dar
errado, ou tinha, mas você estava tão cego que desse certo e se ferrou, a vida
vem, te freia e te dá um choque de realidade enquanto te diz: não é por ai.
Coisas que você não espera te acontecem e te surpreendem, coisas que você
jamais gostaria que ocorressem te acordam como pesadelo. E do nada você percebe
como é frágil, e como ao mesmo tempo é uma fortaleza em pessoa, e você nota
junto com tudo isso que, poxa, não somos nada, amanhã poderemos nem estar
vivos...
Como assim
comadre, o que você está falando? Não estou entendendo bulhufas.
Estou
falando das casualidades da vida, ou melhor, das famosas coincidências, aquilo
que você insiste em dizer que simplesmente acontecem, que não existe este lance de
que era para ser, sim, eu bato o pé e digo que sim, que era para ser daquela
forma mesmo que você fique emputeado e sinta que a vida não é sua e você não
manda nela, mas sim meu querido, haverá coisas que nunca estarão no seu tempo,
muito menos ao seu controle, estarão a
cargo do destino, do vento, da energia e de coisas inexplicáveis, e mesmo que
você queira que seja diferente e faça de tudo para mudar, não vai ser como você
quer que seja, e você vai morrer sem entender o por quê. Muita gente briga
comigo quando eu digo isso, falam que isso é coisa de pessoa acomodada que quer
que as coisas caiam do céu, mas eu não vejo desta maneira, muitas vezes as
coisas não saem da forma que planejamos porque aquilo não seria suficientemente
bom como achamos que deveria ou seria, e a vida dá este chacoalho para dizer
que podemos fazer melhores escolhas ou que ela ou o universo quer oferecer algo
bem melhor, ou pior, quiçá porque precisamos aprender alguma coisa. Todo
sofrimento por mais que você esteja com os olhos embaçados por escamas da sua
própria ignorância ou cegueira gera reflexão e gera conhecimento, tem uma frase
que sua vó dizia que era bem clara: se não é pelo amor é pela dor, porque a dor
nos faz crescer. E é nela que podemos fazer as maiores descobertas sobre nós
mesmos quando não de outrem.
Como você
explica que tem dia que você sai de casa e seu dia é ruim, tudo amanheceu bem,
nos conformes, tudo aparentemente em paz, e tem dia que você acorda um lixo, não
sente vontade de respirar, pisa no chão na frente da sua cama, demora uma hora
para decidir o que vestir, e seu dia acaba feliz com coisas inesperadas,
novidades boas que você nem se quer imaginava. Talvez isso tudo aconteça para
testar sua fé em relação a você mesmo ou a fé que você tem em Deus ou no
universo, e seja uma tarefa.
Nunca peça paciência aos céus, saiba o que pedir,
tudo que pedires com fé receberas, mas pense bem, se você pede paciência o
universo vai te dar lições para ser mais paciente, e isso não vai te deixar
feliz, porque ter que ter paciência ou exercitá-la precisará de esforço e
precisará que você demande energia, que quiçá não esteja disposto, peça
discernimento, ao invés de paciência, pois discernimento gera discernimento,
que lhe dará conhecimento para lidar com aquilo que precisará de paciência,
peça sabedoria, dentre outras coisas positivas.
Será que
isso acontece porque o sentido da vida é a instabilidade e como você lida com
ela? Ou você prefere se pautar que tem muito mais gente se casando do que se
separando, nascendo ou morrendo. Será que somos fantoches de alguém que nos
encurrala e brinca para ver até onde podemos chegar, ou estamos aqui de fato
para nos surpreendermos com aqueles que às vezes podemos ou não contar,
começando por nós mesmos.
Você pode
contar com você ou você se sabota o tempo inteiro e prefere enxergar o que os
outros não fazem por você quando você que precisa começar a fazer diferente?
Às vezes eu
acho que eu sou bipolar, não porque às vezes sinto frio e calor quase ao mesmo
tempo, tenho muito mais coisas para agradecer do que para pedir, tenho poucas
pessoas que posso contar na vida, mas que valem por muitas, mas as vezes me
sinto totalmente confusa com as peças que a vida me prega, não está acontecendo
nada estranho, ao mesmo tempo que tudo esta muito esquisito. Sinto que não
preciso de nada, mas às vezes acho que não preciso da vida, que ela é banal,
mas ao mesmo tempo ela é maravilhosa, como uma coisa pode ser de companhia,
bons momentos e sorrisos, e pode ser de solidão ilusão e vazio ao mesmo tempo,
quem pode explicar? Por isso a vida é preciosa e incrivelmente fabulosa, porque
a gente nunca vai entendê-la. É aquela cigana que se aproxima para ler sua mão,
você sorri, agradece e diz: meu destino é para ser vivido, não lido.
Você já se
sentiu doente, e sozinho e a pior das criaturas, sabe que tem com quem contar
mas se sente o ser mais inútil e solitário do mundo, qual o motivo de ficar
assim, você simplesmente se sente encurralado como uma barata na chuva sem
saber para onde ir, e você não vai mesmo, você dorme para ver se passa.
E aí você
acorda e decide viver, porque muitas vezes a dor é inevitável, problemas são
resolvidos e recém-criados, dinheiro a gente ganha não na mesma facilidade que
gastamos, é bem óbvio entender porque, dizer que dinheiro na mão é vendaval
explica, amores reais são difíceis de encontrar, intensidade demanda muito mais
que superficialidade, a saúde é o nosso bem mais precioso, meus problemas são
grãos de areia diante dos problemas que o mundo tem. E aí você sorri, levanta da cama
saltitante, respira fundo e diz:
Nossa, eu
tenho muito mais para agradecer do que para pedir.
Descobri que
a vida presenteia muito mais do que tira coisas, ela é instável e as pessoas
mais felizes são aquelas que conseguem lidar com a instabilidade de modo assertivo
aprendendo com o sofrimento e com os erros, talvez tenham que repetir a tarefa
ou o sofrimento porque não aprenderam o suficiente, as que mais patinam são as
que andam em círculos, se desesperam, e reclamam, ao mesmo tempo que escrevem
no gelo. A certeza é que a cada tombo que caímos levantamos bem mais fortes,
independente se caiu de salto ou descalço.
Aprendi que
as coisas são mais simples do que parecem, sim é sim, não é não e talvez
existe.
Gostaria de
agradecer por todos que leram meu último texto, não achei que ia ter a
repercussão que teve, só posso dizer que tudo que escrevi foi com o coração.
Eu não
imaginei que aquele texto seria injeção de ânimo para muita gente, eu nem sei
se escrevi ele com este intuito, escrevi para mostrar para você que anda
desanimado e triste para dizer que tudo é muito pequeno perto do tamanho e
importância da sua vida.
O objetivo
das postagens é este, tocar de alguma forma, fazer você leitor questionar e
refletir sua tristeza, ansiedade ou angústia, dar força para as pessoas, eu não
podia passar por tudo aquilo e guardar pra mim, não posso ser tão egoísta. Já
que foi um aprendizado, um choque de realidade, pode ser pra outras pessoas
também, tem gente que precisa viver pra aprender ou entender, outras só lendo
um texto deste conseguem porque tem o poder de entender a empatia.
...
Então eu
atinjo meu objetivo que é ajudar mesmo sabendo q não vai ser todo mundo que vai
ler, e que não vai ser todo mundo que ler que vou tocar.
Sou um grão
de areia, mas o pouco que faço pode ser pouco para mim e muito para alguém.
Talvez suas
migalhas para mim sejam um banquete.
O que você
não deve deixar é que a vida te transforme num homem ou mulher cebola, quem são?
São aqueles que ao picarem a cebola quem chora é a cebola de tanto que destilam
amargura e energia ruim. Descomplique, a vida é muito mais fácil e pratica de
ser vivida do que se imagina, e é um sopro, você pode estar morto no próximo
segundo e nem acabar de ler este texto. Se chegou até aqui parabéns, até agora
você está vivo.
Ame mais,
perdoe mais, seja empático, sensível, não destrua sua saúde com pensamentos
negativos, lamurias e rancor. Seu coração precisa de boas energias e
pensamentos positivos e isso não depende do mundo, depende de você.
Não julgue
os erros alheios, você pode cometê-los também, se errou, se arrependa e peça
desculpa, nada como assumir com maturidade as próprias cagadas, e você que
nunca errou, fique a vontade para atirar a próxima pedra.




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